Recém-recuperado da Covid-19, que o levou a ser internado em São Paulo, o presidente nacional do PSD Gilberto Kassab (foto) tem sido pródigo em criar cenários na sucessão presidencial nas últimas semanas, o que deve deixar arrepiados os pessedistas catarinenses.
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A primeira aposta do ex-prefeito de São Paulo e ministro nos governos Dilma (PT) e Temer (MDB) foi o senador Rodrigo Pacheco ao Planalto, que agora reavalia a posição e prefere continuar como presidente do Congresso.
Depois veio a tentativa de se ajustar com Lula, onde Kassab sugere emplacar um vice para não distanciar tanto o petista do Centrão.
A última de Kassab é a ideia de filiar o tucano Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, para que ele seja o candidato à Presidência pelas hostes pessedistas, mesmo movimento, aliás, que o presidente nacional da sigla fez com Pacheco, que era filiado ao DEM, em vias de se fundir ao PSL e criar o União Brasil.
Quem não deve estar nada confortável com tantas especulações e armações é gente do quilate do ex-governador Raimundo Colombo, pré-candidato ao governo, e de outros tantos dentro do PSD catarinense, como o deputado estadual Julio Garcia e os federais Ricardo Guidi e Darci de Matos, além do também pré-candidato ao governo Napoleão Bernardes.
Cada guinada que Kassab assinala, provoca marola no Estado, até porque Colombo, o preferido do presidente nacional, não quer ter o nome associado à esquerda, embora tenha apoiado Dilma, em 2014, e se beneficiado com empréstimos de bancos estatais, enquanto o partido ficou com Aécio Neves (PSDB).