A segunda edição do Salão do Imóvel de Criciúma foi encerrada neste domingo, dia 27, após três dias de negociações. Iniciado na sexta-feira, dia 25, o evento foi realizado pelo Sindicato da Habitação do Sul de Santa Catarina (Secovi Sul/SC), em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF). O balanço final é de que as pessoas que foram até o Pavilhão de Exposições José Ijair Conti, no bairro Santa Bárbara, realmente estavam interessadas em fechar negócio para adquirir um imóvel, embora a manifestação dos caminhoneiros tenha prejudicado o movimento ao longo do fim de semana.
“Sem sombra de dúvidas a paralisação dos caminhoneiros fez diminuir o movimento de pessoas durante o evento. Assim como afeta outros setores, a questão da falta de combustíveis fez com que muitas pessoas não saíssem de casa. No entanto, levando em consideração o novo local, sabemos que quem veio até aqui é porque realmente estava à procura de um imóvel”, pontuou o gerente regional para Construção Civil da Caixa, João Cláudio Vieira.
Ele destacou isto porque a edição anterior ocorreu no Parque das Nações Cincinato Naspolini, no bairro Próspera, onde a circulação de pessoas era maior, mas nem todas estavam lá por conta do Salão do Imóvel. “Havia bastante especulação. Muitas pessoas aproveitavam que já estavam lá para solicitar alguma simulação de financiamento, por exemplo. Agora não, os visitantes já vieram com o propósito de fechar negócio”, concluiu Vieira.
A mudança de local também agradou os gerentes comerciais José Tramontin, da Contempla – Casas em Concreto, de Araranguá, e Marcelo Serafim Farias, da ConstruFase, de Criciúma. “Participei de todas as edições e fui uma das pessoas que defendeu a vinda para o Pavilhão. Aqui a estrutura é melhor e as pessoas sabem para o que estão vindo. Uma pena o movimento ter sido abaixo do esperado, nosso foco era a captação de clientes e nesse ano foi menor”, afirmou Tramontin.
“Aqui tem internet, banheiros, um estacionamento grande, tudo isso favoreceu, mas a manifestação prejudicou. No entanto, é possível afirmar que havia poucas pessoas especulando, então a venda se torna mais assertiva”, destacou Farias. Como no caso da empregada doméstica Maria Aparecida de Almeida, de Içara. Ela busca o financiamento para adquirir um imóvel junto com o filho. “Queremos comprar um terreno e uma casa, então viemos atrás das melhores condições. Gostamos do que ouvimos, fizemos simulações e conseguimos condições dentro do que conseguimos pagar”, comemorou Maria.
Números reais
O presidente do Secovi Sul/SC, Helmeson Cesar Machado, relata que cerca de 1,3 mil pessoas circularam pelo Pavilhão de Exposições durante os três dias de evento. No total, foram movimentados R$ 11 milhões em vendas. Já a prospecção para negócios futuros a partir de contatos realizados durante o Salão do Imóvel é de R$ 55 milhões.
“Com certeza a manifestação dos caminhoneiros prejudicou o evento, mas, em virtude da proporção dela, imaginávamos que o movimento seria ainda mais prejudicado, o que nos surpreendeu positivamente. Já o volume de vendas chegou a superar as expectativas, pois esperávamos movimentar R$ 10 milhões e passamos disso. A prospecção que ficou abaixo, era de R$ 60 milhões, mesmo assim, não muito”, ressalta Machado.
“De forma geral, isso é bom, o balanço é positivo. Trabalhamos números bastante pessimistas e obtivemos resultados positivos dentro do que era esperado, levando em consideração a paralisação a nível nacional. Cancelamos alguns lançamentos de imóveis, por conta do movimento, mas ainda assim trabalhamos com 10 mil ofertas ao longo dos três dias e conseguimos atender diferentes públicos”, pontua o vice-presidente do Secovi Sul/SC, Juarez Sabino.