“Se houve problema, foi com a empreiteira”, diz prefeito de Forquilhinha sobre operação por suposta fraude em licitação

O prefeito de Forquilhinha, José Claudio Gonçalves, o Neguinho, se manifestou em coletiva de imprensa após a operação da Polícia Civil e do Gaeco, deflagrada na manhã desta terça-feira, dia 27, investigando possível fraude em licitações na cidade.

Na fala, o prefeito destacou que acredita na lisura do processo e que confia nos quatro servidores que atuaram na Comissão de Licitação do município. “Se houve problema, foi com a empreiteira”, defendeu o prefeito.

“Eu não converso com empreiteiro. O empreiteiro está mentindo. E se ele disse isso, ele que prove na justiça. Eu confio nos nossos servidores”, destacou Neguinho sobre a apuração de que houve favorecimento da comissão para que o empresário ganhasse a licitação.

Segundo o prefeito, a obra apresenta problemas de atrasos há bastante tempo, inclusive por conta da pandemia. “A Ordem de Serviço foi entregue no dia 16 de dezembro de 2021. Mas a obra atrasou por causa da pandemia, também”, avaliou.

Segundo a prefeitura, o custo da obra – um ginásio anexo à escola do bairro Santa Líbera -, foi de R$ 6,3 milhões inicialmente, mas recebeu aditivo de, aproximadamente, R$ 1,5 milhão.

Por determinação da justiça, a comissão de licitação foi afastada, um empresário foi preso preventivamente e uma funcionária da empresa prestadora do serviço foi presa de maneira temporária.

A empresa investigada não tem outras obras contratadas atualmente com a prefeitura. Contudo, segundo o prefeito, ela é responsável pela construção de outro ginásio no bairro Santa Efigênia. “Mas essa obra é com o Governo do Estado. E, aliás, também está atrasada”, destacou.

Na ação, houve cumprimento de dez mandados de busca e apreensão nas cidades de Forquilhinha, Araranguá, Meleiro, Turvo, Içara e Nova Veneza.

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