Notícias de Criciúma e Região

SC ultrapassa a marca de 350 mil casos prováveis de Dengue e tem 175 municípios infestados em 2024; especialista alerta para os cuidados com a doença

Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), nesses 11 meses do ano SC registrou 350.953 casos prováveis e 340 óbitos

Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), Santa Catarina registrou nesses 11 meses de 2024 um total de 563.165 notificações de Dengue, sendo 350.953 casos prováveis e 340 óbitos.

 

Neste ano o DIVE adotou o conceito de “casos prováveis” para avaliação do cenário epidemiológico. Essa classificação refere-se a todos os casos notificados, confirmados, suspeitos e inconclusivos, com exceção dos descartados. Assim, todos os casos suspeitos que foram notificados no sistema de informação são considerados prováveis até que ocorra o encerramento da ficha. Isso permite uma análise mais precisa da situação, que corrige potenciais atrasos na conclusão dos casos notificados.

 

Desse total, foram identificados 59.610 focos do mosquito Aedes aegypti em 255 (86,44%) municípios. Dos 295 municípios catarinenses, 175 (59,32%) são considerados infestados, isto é, onde há a disseminação e a manutenção dos focos.

 

Para Me. Fábila Fernanda dos Passos da Rosa, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, a umidade alta e os dias chuvosos, somada a proximidade do verão e aos dias mais quentes, torna-se um cenário ideal para a proliferação do mosquito e por isso, a atenção com a saúde e de limpeza de locais, deve ser redobrada.

 

A especialista destaca ainda, que a dengue pode causar sintomas como febre alta, dores musculares, dores de cabeça, erupções cutâneas e fadiga. “É essencial educar as pessoas sobre o tema, de forma que se sintam incentivadas a procurar assistência médica imediata a partir do momento em que apresentarem os sintomas, adotando medidas preventivas, garantindo o diagnóstico e tratamento da doença adequado, inclusive a vacinação”, afirma a especialista.
Fábila acrescenta que é importante observar os sinais respiratórios e gripais. “A dor de garganta, congestão nasal, tosse seca, coriza etc., são comuns na Covid-19, mas isso não é frequente nas arboviroses”, exemplifica.

 

Segundo Me. Fábila, entre os sintomas diferenciadores está a presença de manchas vermelhas na pele (petéquias), que pode ser um sinal distintivo da dengue. “Além disso, outra característica dessa doença é dor intensa nas articulações. Entretanto, a confirmação do diagnóstico de dengue geralmente só é feita através de exames de sangue, como o teste de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para detectar o RNA viral ou testes sorológicos para detectar anticorpos específicos. Portanto, o diagnóstico diferencial é essencial para descartar outras doenças que apresentam sintomas semelhantes, como malária, febre chikungunya, febre amarela, entre outras”, explica.

 

A especialista reforça ainda, que ao apresentar sintomas, o indivíduo deve procurar um pronto-atendimento o mais rápido possível para a realização de exames laboratoriais específicos para o tratamento adequado.

 

De acordo com Fábila, os principais sintomas da dengue podem variar de leves a graves, e incluem:

  • Febre alta
  • Dor de cabeça intensa
  • Dor atrás dos olhos
  • Dores musculares e nas articulações
  • Manchas vermelhas na pele (exantema)
  • Náuseas e vômitos
  • Fadiga e cansaço excessivo
  • Sangramentos (em casos graves)

Por fim, Fábila dá algumas dicas para evitar a proliferação do mosquito e evitar a doença. Confira:

 

Elimine água parada: Verificar se não há nenhum objeto que possa acumular água, como pneus, garrafas, latas, baldes, entre outros, além de manter as calhas limpas e sem obstruções e verificando se não há vazamentos de água.

 

Instale telas de proteção: Instale telas nas janelas e portas para impedir a entrada do mosquito da dengue em sua casa.

 

Mantenha a piscina limpa: A piscina é um local comum para o acúmulo de água parada. Certifique-se de manter a água limpa e tratada com produtos químicos adequados.

 

Manter o Ambiente Limpo: Manter o ambiente ao redor de casa limpo e livre de entulhos. Manter o quintal e os jardins aparados e sem acúmulo de folhas e detritos.
Uso de Repelentes: Aplicar regularmente repelentes de mosquitos na pele exposta. Usar roupas que cubram a maior parte do corpo, especialmente durante o amanhecer e o entardecer, quando os mosquitos estão mais ativos. Além disso, a sugestão é usar larvicidas e inseticidas em recipiente de água que não possam ser eliminados, como caixas d’água.
Cuidados Especiais durante Viagens: Utilizar telas em janelas e portas em áreas onde a dengue é endêmica. Utilizar repelentes e roupas protetoras durante atividades ao ar livre em áreas propensas à dengue.
Cooperar com as campanhas de prevenção: Participar de campanhas de prevenção promovidas pelo governo e por organizações locais é uma forma de ajudar a prevenir a proliferação do mosquito da dengue em sua comunidade.

 

Disque-denúncia AEDES EGYPTI: 0800 645 9889

Você também pode gostar