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Saúde mental ganha destaque em nova coluna no Portal Litoral Sul

Psicólogo e jornalista Fábio Cadorin assume coluna quinzenal “Na trilha da mente” para falar de impactos da cultura sobre o psiquismo humano

A busca por informações sobre transtornos mentais bateu recorde na pandemia da Covid-19. Um levantamento feito pelo Google revelou crescimento de 98% em 2020, numa comparação com a média dos dez anos anteriores. Depois da chegada do coronavírus, também houve aumento expressivo no consumo de medicamentos psiquiátricos. No Brasil, a venda da remédios para o tratamento de ansiedade e depressão, por exemplo, cresceu acima da média já no primeiro ano da pandemia e continuou em alta em 2021, de acordo com dados do Conselho Federal de Farmácia.

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Mas a crise sanitária que colocou o mundo frente a frente com a morte, impôs isolamento social, afetou a economia e o mercado de trabalho, e exigiu mudanças de hábitos e rotinas, não é um fenômeno isolado quando o assunto é piora da saúde mental. Muito antes do surgimento do coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) previu que até 2030 a depressão será a doença mais comum do mundo e que, além de afetar mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, vai gerar elevados custos econômicos e sociais aos países.

O que estaria levando tanta gente ao sofrimento mental? Para o psicólogo e jornalista Fábio Cadorin, a resposta a essa pergunta é bastante complexa, já que qualquer tentativa de explicar o que acontece com o psiquismo humano precisa levar em conta a singularidade de cada pessoa.

Mas, segundo ele, existem algumas pistas e elas têm relação com mudanças no cenário econômico e cultural. O modo como as pessoas trabalham, se relacionam e interagem com o mundo está sendo modificado com a acelerada evolução da tecnologia. “Se por um lado esses avanços facilitam muito a nossa vida, por outro exigem adaptação constante. É mais difícil ter uma sensação de estabilidade e segurança em um mundo que muda tão rapidamente”, pondera.

Psicólogo e jornalista Fábio Cadorin assume coluna quinzenal
Psicólogo e jornalista Fábio Cadorin assume coluna quinzenal | Foto: Divulgação

Além disso, Cadorin aponta o efeito contraditório do grande volume de informações em circulação atualmente. “Em vez de clareza, esse excesso não raro acaba gerando desorientação e dúvida, já que muito do que é publicado, especialmente nas redes sociais, não passa por qualquer filtro. Sem contar com a avalanche de narrativas que pregam uma vida idealizada e inalcançável. O resultado é a frustração”.

É para refletir sobre esse e outros temas que envolvem a cultura e seus impactos sobre o psiquismo e a saúde mental que a partir desta sexta-feira, dia 31, Cadorin passa a assinar uma coluna quinzenal no Portal Litoral Sul. “Acho fundamental ajudar na difusão de um assunto ainda tão cheio de tabus. ‘Na trilha da mente’ será um convite a explorar o psiquismo humano, um território nem sempre fácil de desbravar. Creio que não existam receitas para o bem-viver, mas é possível trazer reflexões que ajudem os leitores a expandir sua visão acerca da influência da cultura sobre o psiquismo”, assegura.

Novo desafio

Além de graduado em Psicologia e Jornalismo, Fábio Cadorin é mestre e doutor em Ciências da Linguagem. Está retornando ao sul catarinense depois de uma temporada de sete anos e meio no Rio de Janeiro, onde se dedicou à docência no ensino superior em cursos de Comunicação e Psicologia, e ao estudo de artes, especialmente teatro. Aqui no Estado, já atuou como repórter, editor e apresentador na Unisul TV de Tubarão e na RBS TV, atual NSC, de Criciúma. Agora, além de colaborar como colunista no Portal Litoral Sul, pretende continuar se dedicando à docência no ensino superior, ministrar palestras e cursos na área de Psicologia e Comunicação, e realizar atendimentos clínicos como psicólogo. “Todo momento novo vem com desafios e oportunidades. Retorno animado com a possibilidade de dividir conhecimentos e experiências que adquiri nos últimos anos, seja na área de Psicologia e Psicanálise, na Comunicação e mesmo nas Artes”, conclui Cadorin.

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