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Saúde consolida ações para ampliar atendimento em SC e reforça necessidade de vacinação em crianças

"Estado nunca vacinou tão pouco justamente no momento em que as crianças voltam para uma rotina de convívio social mais intensa, depois de dois anos de pandemia", diz secretário Aldo Baptista Neto

Com índices de vacinação em baixa no Estado e o consequente aumento da procura de serviços de saúde nos hospitais, a Secretaria de Estado da Saúde vem atuando em diversas frentes para ampliar a oferta de atendimento e o número de leitos de UTI, especialmente para crianças. De maio até agora foram abertos 75 leitos de atendimento infantil em Santa Catarina, com as aberturas previstas já para o começo do mês de agosto, o número passará para 123. Contudo, o esforço para ampliar o atendimento não será suficiente se a vacinação não avançar.

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“Cabe destacar que nenhuma criança está desassistida no Estado. Nos casos que necessitam de leito de tratamento intensivo e busca por vaga, todo o atendimento é feito por equipes de UTI até a remoção para unidades de referência que disponham de leito específico para cada quadro. Estamos fazendo tudo o que é possível para atender a todos os pacientes no menor tempo, mas precisamos que cada um faça a sua parte. Pais, vacinem seus filhos”, frisa o secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto.

 Ações colocadas em prática

A Secretaria de Estado da Saúde está colocando em prática medidas para garantir a oferta de serviços. O trabalho envolve reforço de investimentos, é estruturado junto a unidades hospitalares e já consolidou importantes ações:

  • Aumento na oferta de leitos e mais investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) – essa construção tem ocorrido com diferentes agentes públicos, desde coordenadorias de regulação, regionais de saúde, coordenações e corpos clínicos de hospitais, além de secretários de saúde municipais;
  • Publicação de decreto de emergência em saúde – com o objetivo de acelerar a disponibilidade de camas de tratamento intensivo e ter o acréscimo de leitos de atendimento neonatal e pediátrico, projetando o aumento da oferta em regiões como Grande Florianópolis e região Carbonífera;
  • Planos emergenciais que envolvem transferências de equipes, empréstimos de equipamentos, insumos e medicamentos, além de outras ações com o objetivo de aumentar a capacidade de atendimento dos pacientes, como a contratação de mais profissionais em caráter de urgência;
  • No Hospital Materno Infantil de Criciúma, especificamente, que é gerido por uma Organização Social (OS), está sendo feito um aditivo ao contrato no valor de R$ 1,7 milhão. Além disso, já está em andamento o projeto para reforma da unidade com um aporte de R$ 2 milhões. Também foi realizado um aditivo no valor de R$ 388 mil para contratação de médicos pediatras e fisioterapeutas. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) estão trabalhando como referência para os atendimentos mais brandos;
  • No Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, foram instaladas estruturas de atendimento externo que auxiliam na triagem de pacientes e atendimento dos casos mais brandos, aqueles com classificação verde e azul. Estão suspensas férias e licenças das equipes na unidade e está prevista a contratação emergencial de mais 20 pediatras;
  • Repasses aos municípios para que ocorra a ampliação dos horários de atendimento das Unidades da Atenção Básica e ampliação dos serviços de saúde das Unidades de Pronto Atendimento para reforço da cobertura vacinal e enfrentamento da dengue.
  • Custeio e investimento para ampliação dos leitos nos hospitais públicos próprios e filantrópicos da rede estadual e municipal.

Os investimentos pela SES, no contexto da situação de emergência decretada somam mais de R$ 113 milhões, entre cofinanciamento para os municípios ampliarem os serviços ofertados nas Unidades de Atenção Primária e custeio e investimento na rede hospitalar para ampliação dos leitos, e o valor pode aumentar mediante apresentação de planos de trabalho pelos municípios.

 Em funcionamento mais 75 leitos

  • Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, com 4 de UTI neonatal, 8 intermediários pediátricos e mais 7 leitos de enfermaria;
  • Hospital Hélio dos Anjos Ortiz, em Curitibanos, com 5 de UTI neonatal;
  • Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, com 6 de UTI pediátrica;
  • Hospital e Maternidade Jaraguá do Sul, com 6 de UTI pediátrica;
  • Hospital Seara do Bem, em Lages, com 5 de UTI pediátrica;
  • Hospital Infantil Jesser Amarante Faria, em Joinville, com 10 de UTI pediátrica;
  • Hospital Azambuja, em Brusque, com 10 de UTI neonatal;
  • Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul, com 4 de UTI neonatal;
  • Hospital Regional Dr. Homero de Miranda Gomes, em São José, 5 intermediários neonatal;
  • Hospital Materno Infantil Santa Catarina, em Criciúma, com 5 UTIs neonatais.

 Aberturas Previstas para as próximas semanas 48

  • Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, 10 intermediários pediátricos e 6 leitos de enfermaria;
  • Hospital Azambuja, em Brusque, com 2 UTI pediátricos;
  • Hospital e Maternidade Carmela Dutra, Florianópolis, 3 leitos intermediários canguru;
  • Hospital Oase, Timbó, com 10 de UTI neonatal;
  • Hospital Materno Infantil Santa Catarina, em Criciúma, com 2 de UTI neonatal;
  • Hospital Regional de Araranguá, com 5 de UTI neonatal;
  • Hospital Regional de São José, São José, com 10 de UTI neonatal.

UTI Adulto

  • Hospital Florianópolis: 10 leitos UTI adulto;
  • Hospital Tereza Ramos, em Lages: 06 leitos UTI adulto

 Apelo à vacinação

Para além destas ações que já foram colocadas em prática para ampliar a capacidade de atendimento, o secretário aponta para a importância da vacinação. Segundo Neto, e com base na opinião de técnicos da saúde, o que tem provocado o tensionamento dos sistemas de pronto atendimento, atenção básica e de hospitais é resultado da baixa imunização. Conforme o secretário, Santa Catarina nunca vacinou tão pouco justamente no momento em que as crianças voltam para uma rotina de convívio social mais intensa, depois de dois anos de pandemia – agora expostas aos vírus responsáveis por síndromes respiratórias agudas no período de baixas temperaturas.

E não se trata apenas da vacinação contra a Covid-19. “A negação desta vacina acabou rebaixando toda a estratégia vacinal que está no Plano Nacional de Imunização (PNI) há décadas, ameaçando o status de erradicação de doenças como a paralisia infantil, entre outras. Os pais precisam levar seus filhos para vacinar, este é o nosso apelo para que a gente consiga sair deste momento difícil”, finaliza.

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