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Santa Catarina tem maior epidemia de Dengue da história; diz DIVE

O Estado registra crescimento de 644,4% no número de casos de dengue em comparação a 2018

O ano de 2022 está sendo marcado pela pior epidemia de dengue da história de Santa Catarina. Dados do Ministério da Saúde apontam que o número de casos prováveis de dengue no estado aumentou 644,4% em comparação com janeiro de 2018. Até o dia 02 de fevereiro, o estado notificou 134 casos da doença. No mesmo período de 2018, foram registrados 18 casos de dengue.

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De acordo com dados do Informe Epidemiológico da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, DIVE , até o dia 14 de junho foram notificados 114.152 casos suspeitos de dengue, dos quais 63.194 foram confirmados pelo critério laboratorial e/ou clínico epidemiológico. A transmissão da doença (casos autóctones) foi registrada em 137 municípios catarinenses, sendo que 65 atingiram o nível de epidemia (a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes).

Já em relação aos óbitos, segundo o relatório,  foram notificados 98, sendo que 66 foram confirmados, 10 (dez) foram descartados e 22 permanecem em investigação. O número de mortes confirmado é superior às ocorrências registradas em anos anteriores, sendo que no ano de 2016 ocorreram 02 (dois) óbitos, e no ano de 2021, ocorreram 07 (sete) óbitos.

Diante do cenário de ocorrência de epidemia de dengue em vários municípios com o registro de um elevado número de casos graves e óbitos, a DIVE orienta que é fundamental que todos os municípios reforcem as ações para garantir o atendimento oportuno dos casos suspeitos, promovendo o manejo clínico adequado, de forma a evitar a ocorrência de mais casos graves e óbitos pela doença.

 Em todo o Estado, foram confirmados 66.492  casos de Dengue SC  – Foto: Ilustração

Alerta da Dive

A Divisão realizou uma análise preliminar dos 66 óbitos confirmados por dengue no estado. De acordo com os dados levantafdos, até o momento demonstrou que 48 deles (72,7%) ocorreram em pessoas com 60 anos ou mais de idade, sendo: 12 (18,2%) de 60 a 69 anos, 14 (21,2%) de 70 a 79 anos, 17 (25,8%) de 80 a 89 anos e 5 (7,6%) de 90 anos ou mais. Em relação aos óbitos nas pessoas com mais de 60 anos de idade, 31 (64,6%) ocorreram em idosos do sexo masculino.

Além disso,  no último relatório foi observado a presença de comorbidades em todos os óbitos, evidenciando a vulnerabilidade deste grupo na infecção por dengue. Diante desse cenário, considerando o elevado número de casos graves e óbitos em decorrência da dengue neste ano em Santa Catarina, especialmente na população com mais de 60 anos de idade, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC)
alerta os serviços e profissionais de saúde sobre a necessidade de realizar a suspeita e a notificação do caso durante o primeiro atendimento do paciente, realizando a classificação o mais precocemente possível, de acordo com o Fluxograma de Classificação de risco e manejo do paciente com dengue, seguindo as recomendações de manejo clínico para o grupo ao qual o paciente foi classificado.

Ministério da Saúde alerta para aumento de 149% dos casos de dengue no país

Mutirão de limpeza contra a dengue é realizado em Forquilhinha
Mutirão de limpeza contra a dengue é realizado em Forquilhinha | Foto: Dilvulgação

 

O Ministério da Saúde informa que o número de casos prováveis de dengue no Brasil, em janeiro deste ano, mais que dobrou em comparação ao mesmo período de 2018. Até o dia 02 de fevereiro, registrou-se aumento de 149%, passando de 21.992 para 54.777 casos prováveis da doença. Quando verificado a incidência, em 2019, os casos chegam a 26,3 por 100 mil habitantes.

Sul do país teve o maior crescimento

Segundo o MS, quando comparado os dados entre as regiões no mesmo período (2018/2019), a Região Sul apresenta o maior índice de crescimento de casos de dengue, 597,7%, passando de 258 para 1.800 casos prováveis. Santa Catarina, teve um aumento de 644%, passando de 18 para 134 casos.

Os dados epidemiológicos alertam para a necessidade de intensificação das ações de eliminação dos focos do Aedes aegypti em todas as regiões. São ações que envolvem gestores estaduais, municipais e Governo Federal, e a população. É essencial fazer do combate ao mosquito uma rotina de toda a sociedade em qualquer época do ano, embora, o verão seja a estação mais propícia para a proliferação do vetor. São medidas simples a serem adotadas, porém, eficientes, como manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água; trocar água dos vasos de planta uma vez por semana; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; e acondicionar pneus em locais cobertos.

Siderópolis desenvolve programa de combate à dengue nas escolas
Dive alerta para os sintomas da doença – Foto: Divulgação

 

SINTOMAS DA DENGUE
A infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.

Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

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