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Saiba tudo sobre o cenário da Covid-19 em Criciúma

Confira entrevista exclusiva com o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, e com o gerente de Vigilância em Saúde, Samuel Bucco

O aumento no número de casos de Covid-19 deixou a população de Criciúma e Região Sul em alerta. Para tirar as principais dúvidas dos leitores sobre o assunto, o Portal Litoral Sul realizou uma entrevista exclusiva com o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, e com o gerente de Vigilância em Saúde, Samuel Bucco.

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De acordo com o secretário, atualmente o número de casos positivos é 11 vezes maior comparado com meses anteriores. “Sabemos que o número está aumentando, por isso estamos nos organizando para fazer a assistência da melhor forma possível”, destacou.

Para atender melhor a população, as Unidades Básicas de Saúde estão abertas no período da tarde para casos de síndrome gripal e mais cinco Centro de Triagens, como são consideradas as unidades da Quarta linha, Santa Luzia, Pinheirinho, Rio Maina e Centro, ficam abertos até às 22 horas.

Uma situação que vem chamando bastante a atenção do secretário é procura indevida para a realização de testes de Covid-19. Segundo ele, as pessoas estão desesperadas para fazer um teste. “Não se desesperem. Essa alta procura está gerando uma sobrecarga. Aquelas pessoas que não estiverem com sintomas, não devem procurar para fazer o teste, até para evitar ser contaminado. Já sabemos que com a vacina, na grande maioria dos casos, os pacientes estão tendo uma gripe forte e a gravidade da doença não está evoluindo”, completou.

Profissionais da saúde afastados

Um dos problemas que está sendo frequente para a prefeitura é o afastamento de profissionais da saúde por conta de infecção pelo vírus. “Não tem mais profissional da saúde para nós contratarmos. Hoje, aproximadamente, mais de 100 colaboradores estão afastados por conta da doença”, explicou o secretário.

Telecovid será reativado

Pensando também em melhorar o atendimento, a secretaria de saúde irá reativar o TeleCovid para realizar o primeiro atendimento com os moradores. Os profissionais irão realizar questionamentos para o paciente e orientar se é necessário fazer o teste. Caso haja necessidade, o agendamento já será feito através do WhatsApp. “Nesse momento a população precisa ter tranquilidade. Salvamos diversas vidas no ano passado com essa ferramenta e por isso vamos reativá-la”, ressaltou o gerente de Vigilância em Saúde.

Período de isolamento

O período de isolamento para infectados também será alterado segundo recomendação do Ministério da Saúde. Após sete dias, se o paciente estiver assintomático e sem febre nas últimas 24 horas, ele está liberado do isolamento. “Em Criciúma, 85% da população está vacinada com as duas doses e 25% com a dose de reforço. Por isso acreditamos que a grande maioria dos casos não devem evoluir para a forma mais grave da doença”, completou Bucco. 

Variante Ômicron

No final de dezembro, Santa Catarina confirmou a transmissão comunitária da variante Ômicron do coronavírus no Estado. Em Criciúma nenhum caso foi confirmado. “Sabemos que a variante já está no município, mesmo sem ter uma comprovação. Ela é provavelmente a responsável por esse colapso que estamos vivendo”, destacou o gerente.

Vacinação

De acordo com o secretário, o município possui doses suficientes para todos aqueles que procurarem, sendo a primeira, segunda ou a dose de reforço. A partir da próxima semana, crianças entre cinco e 11 anos de idade serão vacinadas. A segunda dose será aplicada após dois meses. “Seguiremos a vacinação das crianças por faixa etária, começando pelos mais velhos aos mais novos, e também pelas comorbidades. Os horários e as salas para aplicar as vacinas serão diferentes, como foi orientado pela Anvisa”. Ainda segundo Bucco, os profissionais já passaram pela capacitação para a vacinação infantil.

Volta às aulas 

Os estudantes da rede pública vão voltar a estudar de forma presencial desde o início do ano letivo. Segundo Casagrande, o protocolo será o mesmo que foi usado em 2021. “Já sabemos que a volta às aulas de forma presencial não causou um aumento da infecção nas crianças e adolescentes”.

Além do combate a Covid-19

O grande número de servidores da saúde afastados acabou causando problemas em outros serviços prestados pela Secretaria de Saúde, como: atendimentos, cirurgias, exames e consultas. “Não estamos conseguindo atender como gostaríamos. Os nossos servidores não estão dando conta durante o meio período. Em um mês, costumamos atender 40 mil pessoas, o que represena ¼ da população de Criciúma e vamos continuar nos esforçando ao máximo para fornecer um serviço de qualidade”, explicou o secretário.

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