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Pluralidade de palanques em SC só serve a Bolsonaro

Entre os quatro pré-candidatos ao governo que pretendem colar na figura de Jair Bolsonaro (PL) há uma certeza: a de que o pré-candidato à Presidência da República é o grande beneficiado por tantos palanques simultâneos em Santa Catarina.
Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP), naturais aliados pela proximidade partidária ou pessoal com Bolsonaro, ganharam as companhias de Gean Loureiro (União) e de Antídio Lunelli (MDB), ainda que o último esteja a um passo de sair do jogo sucessório.

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Nas redes sociais ou em eventos públicos, as figuras dos pré-postulantes estão ligadas ao presidente, de tal forma que este passou a ser um status, maior por ora do que qualquer proposta, qualquer projeto político.
O futuro dirá se eleitor catarinense está vacinado contra aproveitadores de última hora ou quem quer surfar na popularidade e musculatura eleitoral que Bolsonaro amealhou em 2018 e o quanto ele conserva de lá até hoje no Estado.

O alerta

Nem só do prestígio de Bolsonaro vivem ou sobrevivem os pré ou candidatos que colam na figura dele.
Basta fazer um rápido levantamento e ver que tão somente usar o nome do presidente ou amizade, em alguns casos, não foi suficiente para determinar a vitória em qualquer um dos 295 municípios catarinenses, em 2020, tampouco nas eleições suplementares em Petrolândia, em 2021, e Porto Belo ou Presidente Castello Branco, em 2022.
Mesmo há quatro anos, no auge da onda Bolsonaro, dos 13 candidatos a governador que tinham o mesmo partido, PSL, portanto o 17 na urna, apenas três se elegeram, um deles Carlos Moisés, de Santa Catarina.

Exercício para não esquecer

Não foram somente os senadores Jorginho Mello e Esperidião que distribuíram emendas secretas, fruto da proximidade com o Planalto ou com o comando do Congresso.
A maioria dos deputados federais,14 dos16 da bancada catarinense, fizeram repasses às suas bases, principalmente o deputado Darci de Matos (PSD), campeoníssimo na divisão de verbas, tendo ficado com R$ 77.358.548,22, certamente pela amizade com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Apenas os deputados federais Gilson Marques (NOVO) e Pedro Uczai (PT) e o senador Dário Berger (PSB) não receberam a verba acertada com os responsáveis pelo orçamento em 2021, que está sob análise do STF sobre a sua legalidade.
Veja a lista completa dos integrantes da bancada catarinense no Congresso com os respectivos valores recebidos em milhões de reais:

Deputados federais

Angela Amin (PP)
R$ 22.602.110,00

Carlos Chiodini (MDB)
R$ 34.544.045,00

Carmen Zanotto (Cidadania)
R$ 6.570.000,00

Caroline de Toni (PL)
R$ 37.001.153,00

Coronel Armando (PL)
R$ 9.200.000,00

Daniel Freitas (PL)
R$ 14.950.000,00

Darci de Matos (PSD)
R$ 77.358.548,22

Fabio Schiochet (União)
R$ 20.811.184,30

Geovania de Sá (PSDB)
R$ 19.600.000,00

Gilson Marques (NOVO)
R$ 0,00

Hélio Costa (PSD)
R$ 30.246.189,10

Pedro Uczai (PT)
R$ 0,00

Ricardo Guidi (PSD)
R$ 21.010.000,00

Rogério Peninha Mendonça (MDB)
R$ 25.630.000,00

Senadores

Esperidião Amin (PP)
R$ 36.464.591,00

Jorginho Mello
R$ 63.567.413,88

Dário Berger (PSB)
R$ 0,00

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