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Risco de câncer infanto-juvenil será maior na região Sul

A cada ano do triênio 2020-2022, o Brasil terá 625 mil novos casos de câncer, é o que revela o último levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgado no Dia Mundial do Câncer, na última terça-feira. Entre os principais fatores de risco, está a obesidade que contribui para o desenvolvimento de 11 dos 19 tipos de câncer mais presentes na população brasileira.

“A manutenção do peso, boa alimentação, prática de exercícios físicos ainda são os melhores caminhos para a diminuição dos riscos de ter a doença. Não fumar e evitar bebidas alcoólicas completam a lista”, afirma a cancerologista clínica, Juliana Althoff.

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Os tipos de câncer mais incidentes em Santa Catarina, depois do câncer de pele não melanoma, serão próstata; traqueia, brônquio e pulmão; cólon e reto para os homens e mama; cólon e reto; traqueia brônquio e pulmão e colo de útero para as mulheres.

Link para tabela: https://www.inca.gov.br/estimativa/regiao/sul

O diagnóstico precoce, aliado aos avanços no tratamento oncológico aumentam as chances de cura. “De fato, homens e mulheres precisam estar atentos na detecção da doença, exames como a mamografia, Papanicolau, toque retal e a colonoscopia podem diagnosticar a doença em sua fase inicial. A colonoscopia pode até mesmo identificar um pólipo antes mesmo de ele virar um câncer”, diz a especialista, que completa: “Sejam rigorosos com as consultas de rotina”.

Os casos de câncer infanto-juvenil esperados para o Brasil para cada ano do triênio serão mais de oito mil

Segundo a publicação, o risco de câncer infanto-juvenil será maior na região Sul, seguido pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Os casos de câncer infanto-juvenil esperados para o Brasil para cada ano do triênio serão 8.460, sendo 4.310 para o sexo masculino e 4.150 para o sexo feminino.

“Apesar da revelação, devemos salientar que cerca de 80% dos casos de câncer em crianças e adolescentes podem ser curados. Assim como nos adultos, o êxito no tratamento está relacionado ao diagnóstico precoce”, comenta a cancerologista.

Sobre a pesquisa, o Instituto confirma a necessidade de mais estudos para o entendimento da relação causa e efeito. Diferente dos adultos, o estilo de vida das crianças e adolescentes não influenciam no risco da doença, mas fatores ambientais, como exposição ao fumo, sim, assim como à radiação. “De fato, precisamos de mais estudos na área para maior entendimento e controle deste público específico. A inclusão dos números de câncer infanto-juvenil por estado é um avanço importante”, conclui Juliana.

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