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Remédios começam a faltar em Criciúma

Medicamentos infantis como a Amoxicilina e Azitromicina são alguns dos que estão em falta

A falta de alguns medicamentos básicos está ocorrendo em algumas farmácias de Criciúma. São antibióticos pediátricos e remédios essenciais para alguns tratamentos. Estão sendo afetados principalmente os medicamentos infantis.

Em pelo menos seis farmácias visitadas pelo Portal Litoral Sul, no Centro de Criciúma, existe a falta dos remédios a cerca de duas semanas. Dentre eles estão a Amoxicilina e Azitromicina.

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Os pais que recebem a receita para comprar estes remédios, estão solicitando a substituição por outro medicamento equivalentes.

Quanto aos hospitais de Criciúma ainda não há registro de falta de medicamentos. O Hospital São José relatou que não há falta de remédios na unidade. Da mesma forma, a Unimed informou que o estoque de medicamentos para uso hospitalar está dentro da normalidade.

De acordo com o secretário de Saúde de Criciúma Arleu da Silveira, a rede de saúde pública, como nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidade de Pronto Atendimentos (UPA), também está com o estoque normalizado. “A distribuição de remédios está sendo controlada para evitar a falta”, afirma.

Causa do problema

O custo dos remédios em falta pode ser a explicação para o problema. São bem mais baratos porque, segundo a indústria farmacêutica, o preço está defasado. Os medicamentos envasados no Brasil dependem de matéria-prima e até de embalagem importadas.

Os laboratórios dizem que os valores desses insumos subiram muito nos últimos anos e já não compensa mais produzir alguns remédios que os hospitais administram porque o preço de venda é controlado.

O preço é controlado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, ligada a vários ministérios e à Anvisa. Em nota, a Anvisa diz que a regulação de preços é para garantir o acesso da população aos remédios, mas registra que os essenciais estão deixando de ser comercializados no país, resultando em desabastecimento e colocando em risco a manutenção de tratamentos e a segurança dos pacientes. E diz ser urgente discutir o aprimoramento do atual modelo da regulação, buscando promover o equilíbrio entre os lucros e os preços acessíveis para a sociedade.

O Ministério da Saúde disse que trabalha com a Anvisa para verificar as causas e articular ações de emergência para resolver a situação. 

Relação com a guerra

O Sindicato dos Hospitais (SindHosp) afirma que a guerra na Ucrânia também atrapalhou a logística de entregas dos insumos importados. “A maior parte desses produtos químicos que são utilizados para a produção dos agentes farmacológicos no nosso país são feitos em países exatamente localizados ou nessa região onde a gente está tendo conflito, ou próxima dela, mas também na Índia, na China, que de alguma forma estão todos afetados pelo conflito”, explica o presidente do SIndHosp, Francisco Balestrin.

Veja alguns dos produtos com abastecimento afetado

Dipirona injetável;
Aminoglicosídeos (amicacina e gentamicina), que são bactericidas;
Imunoglobina humana;
Neostigmina, relaxante muscular que ajuda pacientes a se recuperarem da anestesia;
Novamox 400mg;
Amoxicilina pediátrica, principalmente de 250mg;
Azitromicina;
Deposteron 200mg;
Noripurum 100mg.

Com informações do G1

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