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Ré que matou mulher trans é condenada a 14 anos de reclusão

Denunciada pelo MPSC, a ré já havia sido julgada pelo Conselho de Sentença no ano passado, porém o júri foi anulado. Em novo julgamento ela foi condenada a 14 anos de reclusão

Um desentendimento entre duas mulheres trans, em maio de 2022, levou à morte de uma delas em um ponto de ônibus no bairro Salto do Norte, em Blumenau. Na última quinta-feira,7, a mandante do crime foi condenada a 14 anos de reclusão, em regime fechado, e não terá o direito de recorrer da sentença em liberdade, para garantia da ordem pública. Ela já havia sido condenada no ano passado, porém o júri foi anulado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.  

O Promotor de Justiça Rodrigo Andrade Viviani, que representou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) no Tribunal do Júri, demonstrou aos jurados que a vítima foi morta por motivo fútil e com recurso que dificultou a sua defesa. Ela morreu depois de levar nove tiros. As circunstâncias judiciais desfavoráveis e a reincidência, assim como a violência do crime, tornaram inviável a substituição da pena de reclusão por outras restritivas de direitos ou mesmo pela suspensão condicional da pena. 

Como o crime aconteceu 

Segundo a ação penal, era por volta das 22h30 do dia 19 de maio de 2022, em uma parada de ônibus próximo a um posto de gasolina no bairro Salto do Norte, quando o coautor do crime, a mando da condenada, se dirigiu ao local em uma motocicleta. Lá, surpreendeu a vítima, efetuando disparos com uma arma calibre 9mm. Os projéteis causaram traumatismo torácico na vítima, o que, conforme o laudo pericial, foi o motivo de sua morte. Dias antes do crime, ré e vítima haviam se desentendido em uma disputa por um local de programa.  

 

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