Qual a história da expressão “dar de mão beijada”?

“E você acha que vou dar de mão beijada?” Essa é uma frase curiosa e um tanto engraçada, você não acha? Qual será que é sua origem?

Pois bem, se você não está familiarizado com a mesma, me sinto na obrigação de informa-lo como funciona o uso desta adorável expressão. Ela usada para se referir ao ato de dar algo de forma espontânea e gratuita, sem esperar nada em troca, sem nenhum tipo de ônus ao ganhador, sem encargos e retribuições, e possui suas origens na Idade Média.

A expressão surgiu no século XV, quando os súditos agradeciam uma doação do Rei beijando-lhe a mão. Na igreja, fiéis que faziam doações  eram recompensados pelo privilégio de poder beijar a mão do papa. Nessas cerimônias, chamadas muito apropriadamente de “beija-mão”, era comum que os fiéis ricos dessem generosos presentes à Igreja, como terras, grandes palácios ou outros presentes valiosos.

Então, ao fazer estes generosos presentes a entidade religiosa, era comum que essas pessoas ganhassem um exclusivo privilégio em troca. E este é nada menos do que poder beijar as mãos do Papa! Os ricos fies acabavam usando deste recurso para comprar a oportunidade de ser abençoados pessoalmente pela figura mais importante da Igreja Católica. Além disso, desde os tempos antigos beijar a mão é um sinal de extremo respeito e apreço, sendo muito utilizado entre as relações de vassalo e senhor feudal, ou ainda entre reis e súditos. Assim, a expressão acabou caindo nas graças do povo e tal costume se popularizou.

A expressão foi documentada em 1555. O papa Paulo IV dividiu as oferendas a Deus em dois tipos: ao pé do altar ou de mão beijada. De lá para cá, a expressão se tornou popular para simbolizar favorecimentos. Normalmente, ofertas de mão beijada são recebidas com desconfiança, lembrando outra frase popular: quando a esmola é muita, o santo desconfia.

Curioso, não é mesmo? Agradeço imensamente pela leitura até aqui, e semana que vem tem mais! Siga-me nas redes sociais:
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