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Profissionais dos Correios seguem em greve até o final do dia

Mesmo após decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determinou o fim da greve dos servidores dos Correios, ontem dia, 21, a direção da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), sugeriu aos trabalhadores da empresa que mantenham a greve.

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O dirigente do Sindicato dos Correios de Santa Catarina, Jeferson da Rocha, informa que a recomendação é de que os trabalhadores participem das assembleias que serão realizadas para deliberar a respeito da decisão do TST. Em Santa Catarina, acontece às 19 horas, na sede do sindicato em São José, na grande Florianópolis.

“Alguns trabalhadores retornaram, sendo que outros permanecem em greve até o final do dia de hoje, quando irão participar das assembleias e deliberar a partir das propostas. Após isso, teremos uma posição se será entrado com recurso ou outra medida cabível”, informa.

Para o dirigente sindical, a decisão do TST foi arbitrária. “Não levou em consideração os pedidos dos trabalhadores, foi uma decisão política, totalmente favorável para a empresa”, considera.

Nota

Em nota oficial sobre a decisão do TST, a Federação Nacional dos Trabalhadores se manifestou dizendo que o Judiciário voltou a agir como porta-voz dos Correios, compactuando com a retirada de direitos históricos da categoria. “Essa decisão representa mais um ataque aos direitos da classe trabalhadora, e um retrocesso a nossa categoria. É mais uma mostra de como o Judiciário se mantém servil ao patronato, atuando de forma político partidária, e se mantendo distante do propósito de justiça e dignidade à classe trabalhadora”, disse José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Fentect.

Ainda conforme o sindicato, a própria relatora, ministra Kátia Arruda, votou para que todos os benefícios fossem mantidos, tendo em vista as comprovações de que, ao contrário do que alega a direção da empresa, a ECT contabilizou lucro. “Ela ainda se disse surpresa em anos de atuação no TST ver uma empresa propor retirar todas as cláusulas e direitos. Apesar da tentativa, a ministra foi vencida pela rede de apoiadores do Governo Bolsonaro dentro do Judiciário brasileiro que seguem à serviço do grande capital, pelo sucateamento da máquina pública e contra a classe trabalhadora”, disse a nota.

O texto ainda informa que a partir dessa decisão, direitos como licença maternidade de 180 dias, já praticada em todo o governo federal, passará a 120 dias. O TST ainda determinou desconto salarial referente a metade dos dias de greve e compensação nos demais dias.

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