Professor de SC gravado dizendo que ‘admira Hitler’ é indiciado pela Polícia Civil
Um professor da rede estadual de ensino de Imbituba foi indiciado pela Polícia Civil em investigação iniciado em 2022
A Polícia Civil de Imbituba indiciou um professor da rede pública estadual pelos crimes de discriminação (racismo) e apologia de crime. O professor havia sido afastado da sala de aula em 2022 quando enviou mensagens com conteúdo discriminatório em um grupo de whatsapp. Após afastamente de 90 dias, ele retornou a lecionar e nesta semana foi filmado por alunos dizendo durante uma aula que ‘adora’ Adolf Hitler, ditador que dominou a Alemanha e promoveu o nazismo.
De acordo com a Polícia, o vídeo foi anexado a investigação iniciado em 2022. O inquérito concluído foi encaminhado ao Poder Judiciário nesta sexta-feira, dia 17. Após o episódio do vídeo, a Polícia, em conjunto com o Ministério Público, pediram o afastamento de 180 dias do professor da sala de aula, o que foi garantido por decisão judicial.
Agora o inquérito será apreciado pelo Ministério Público que poderá pedir novas diligências à Polícia Civil ou irá irá oferecer denúncia contra o professor que será julgado pelo Poder Judiciário. Veja Vídeo:
Entenda o caso
No final de outubro de 2022, mais precisamente após o resultado das eleições para Presidente da República, aportaram na Delegacia de Polícia de Imbituba uma série de denúncias dando conta que o professor teria praticado atos de discriminação em um grupo de WhatsApp, ao manifestar apoio ao regime nazista, assim como ao praticar atos de apologia de crime.
Após o recebimento das denúncias, a Polícia Civil de Imbituba instaurou Inquérito Policial, identificou o autor, ouviu testemunhas e, no curso do procedimento, representou ao Poder Judiciário pela concessão de mandado de busca e apreensão e afastamento do cargo público de professor, pedidos estes que foram atacados pelo Poder Judiciário de Imbituba. Em seguida, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do investigado, sendo apreendidos celulares e computadores.
“Após análise, os policiais localizaram em um dos celulares justamente as mensagens encaminhadas pelo investigado no grupo de WhatsApp, corroborando com a prática criminosa. Nesta última semana, após o vencimento dos 90 dias iniciais de afastamento determinados pelo Poder Judiciário, chegou ao conhecimento da Polícia que o investigado teria voltado à sala de aula e, novamente, teria manifestado aos alunos que admira o ditador Adolf Hitler, fala esta que foi gravada por um dos alunos. Tal vídeo, igualmente, foi anexado ao Inquérito Policial e foi utilizado para corroborar com o indiciamento do investigado. Salienta-se, por oportuno, que na data de ontem (16/03/2023), em razão do último vídeo publicado e após pedido do Ministério Público, sobreveio nova decisão judicial fixando medidas cautelares diversas da prisão ao investigado, entre elas novo afastamento do cargo, desta vez pelo prazo mínimo de 180 dias”, informou a Polícia Civil em nota.
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