Em situações de crise é fundamental marcar presença junto à comunidade. Nestas ocasiões, como desastres naturais, grandes acidentes ou situações de grande clamor público, por ex., é fundamental agir com fraternidade e lutar em prol da mesma causa.
A presença deve ser ativa e não apenas um longo discurso ensaiado. Ações precisam ser vistas. Resultados precisam ser sentidos.
Empatia e ação.
Comunicar-se com as pessoas, ouvir o que elas têm a dizer neste momento de vulnerabilidade, ajuda a construir uma ponte de confiança.
A presença física oferece segurança.
Ser visto como alguém confiável num momento caótico é essencial, demonstra certeza de que há empenho na resolução da situação e traz um pouco de conforto ao sentimento de perda.
Imprescindível ir até as ruas da cidade, distrito ou bairro, e vivenciar àquela situação. Imagens ilustram mas a realidade, nua e crua, torna-se indelével.
Ao político não é plausível distanciar-se da comunidade, especialmente quando sua presença física e escuta ativa podem minimizar sentimentos tão profundos. Optar pela manifestação unicamente online separa, transmite desinteresse, e isto é muito perigoso.
A relação entre político (a) e população precisa ser humanizada, a figura que permanece dentro de um gabinete e não pisa na comunidade não entende verdadeiramente seus dilemas e necessidades.
Ganhar a confiança não é uma tarefa fácil atualmente, porém, perdê-la é mais rápido.
E qual a melhor maneira de firmar esta conexão?
Caminhar pelas ruas da comunidade, sentir sua angústia de perto e buscar uma resolução eficiente para a crise (imprescindível ter um comitê multidisciplinar ativo para momentos de crise).
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, personal stylist, especialista em etiqueta e pós graduada em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.