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Prefeito de Maracajá descarta reeleição, fala de obras e o legado de implementar uma nova cultura na política da cidade

Faltando seis meses para finalizar seu mandato, o prefeito de Maracajá, Arlindo Rocha, destaca em entrevista ao Portal Litoral Sul como foi a sua atuação. Segundo ele, durante esse período foi cumprido os princípios da administração pública que são: a legalidade, a publicidade, a impessoalidade, a transparência e eficiência. Em sua opinião, o município é uma empresa bem administrada. “Claro que o objetivo não é o lucro, assim eu consigo vestir a analogia de um condomínio bem administrado”, disse ele.

Acompanhe a entrevista:

Portal Litoral Sul– O senhor vem da iniciativa privada, é eleito prefeito de Maracajá. Qual a sua avaliação de sua experiência no setor público?

Prefeito Arlindo Rocha– A proposta apresentada à comunidade durante a campanha eleitoral em 2016, foi de transformar as gestões políticas que estavam sendo feitas no município, por uma gestão técnica e profissional de uma maneira inovadora, contando com o apoio da maioria dos servidores e da população que homologou isso nas urnas. Nós conseguimos fazer nesses três anos e meio essas transformações em todos os departamentos. O mais importante foi o controle de todas as contas e gastos do município, tanto do ponto de vista da arrecadação, quanto do ponto de vista dos investimentos e aí aplicando as prioridades.

Em suma, nós apenas obedecemos aos princípios da administração pública que são: a legalidade, a publicidade, a impessoalidade, a transparência e eficiência. Nós cumprimos e seguimos estes princípios, lógico adequando no serviço público que é diferente do setor privado. Nós conseguimos avançar muito e alcançamos os objetivos já dos quatro anos de administração. E vamos deixar para o município justamente essa analogia que o eleitor vai poder fazer na próxima escolha. Entre gestões que aplicam dinheiro público e buscam políticas voltadas para toda essa engenheira e indústria política que vivemos no Brasil, ou optar por uma gestão técnica, profissional como se fosse uma anologia de um condomínio bem administrado. Foi essa opção que fizemos.

Portal Litoral Sul- Nesse período qual sua maior experiência negativa, a maior experiência positiva e o que o deixou realizado?

Arlindo Rocha- Foi o resultado alcançado com as lutas que travamos com algumas empresas que degradavam o município, inclusive o patrimônio público. O enfrentamento político para romper isso foi o principal fator produtivo político. O sofrimento se deu justamente por esse combate, pela maneira pelo jeito. Aqui não travamos nenhuma disputa política com a pessoa. Não é isso. É com o jeito, com a maneira. Nós mudamos esse jeito e os resultados estão aí. São obras de infraestrutura, ligando com pavimentação asfáltica basicamente todas as comunidades, com valores que o município teria 20 anos para fazer esse investimento. Estamos com um grande avanço na educação, instruímos a informática, onde todas as crianças estão estudando com tablete, professores sendo treinados, boa alimentação, transporte, todas as salas de aulas possuem ar condicionado. Em todos os sentidos estamos melhorando. Estamos atendendo toda a educação básica, as famílias que estão em risco durante essa pandemia. A agricultura também cresceu muito, Maracajá em torno de 40% é agricultura, a produtividade aumentou muito principalmente a questão do arroz irrigado. Trouxemos de volta as festividades de Natal, de emancipação do município, enfim tudo isso foi possível mediante a gestão das contas.

Portal Litoral Sul- Não irá concorrer à reeleição?

A questão está relacionada aos princípios. Eu costumo citar claro, fazendo ressalvas, que a reeleição é mãe de todas as corrupções. E eu entendo que é muito difícil fazer gestão e política partidária ao mesmo tempo. E por isso, eu resolvi por opção fazer outro caminho. O caminho da gestão. E com isso, acabei também por opção, me afastando da política partidária. Não trabalhei usando o mandato de prefeito, para buscar liderança política, trazer adeptos e buscar dividendos com isso. Pelo contrário, fiz o povo entender que a força está no povo. Se estabeleceu uma relação de confiança entre o poder público e as comunidades e assim ficou mais fácil de trabalhar. Com isso eu consegui isolar a força política.

Portal Litoral Sul- A marca do governo Arlindo Rocha é gestão eficiente e cuidado com o dinheiro público de forma que seja aplicado e chegue até a comunidade?

Arlindo Rocha– Uma empresa bem administrada. Claro que o objetivo do município não é o lucro, assim eu consigo vestir a analogia de um condomínio bem administrado. Não tem sentimento e compaixão, o que existe são regras preestabelecidas combinadas com a comunidade com amparo legal. Se busca ou se recebe em grande parte o dinheiro por meio dos impostos e se aplica esses recursos nas prioridades definidas tanto nos planos estabelecidos junto ao legislativo e também os compromissos com a comunidade. E você consegue planejar tudo isso, estabelecendo metas e vai alcançando concretizando o objetivo apresentando: serviço de excelência melhorando a cada dia e realização de obras que vai dar condições para a iniciativa privada poder fazer investimento, gerando renda, emprego e consequentemente aumentando a tributação. O poder público poderia ser guiado pelo símbolo da justiça, ele dever ser a balança equilibrando, quem tem e quem não tem, fazendo justiça.

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Portal Litoral Sul- Como está lidando com a situação de sua sucessão?

Arlindo Rocha- Como não estou filiado a partido político, não estou trabalhando isso. Acho que a própria sociedade precisa se movimentar, as pessoas de bem precisam ter interesse e voltar para a política e não apenas serem representados pelas lideranças que fazem da política uma carreira profissional. Isso que deve ser pensado. Nós precisamos ter objetividade e fazer aquilo que é certo.

 Portal Litoral Sul- Qual partido irá se filiar? Tem conversado com alguém?

Arlindo Rocha-  Recebi convite de vários partidos alguns até tenho simpatia pela coerência e maneira de tratar a política, mas por hora, não sou político, sou advogado e volto a advogar. Quem sabe um dia se tiver uma nova oportunidade, um novo projeto que eu possa contribuir (isso não é um discurso demagogo), até por que eu já renunciei no mandato como vereador e disse que um dia que tivesse um novo projeto de gestão eu voltaria. E voltei.

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