Povo brasileiro totalmente dependente dos poderes
Plenário da Câmara dos Deputados. Lugar em que deveriam ser trabalhadas as pautas para todos os brasileiros / Foto: MyKe Sena/
Num Brasil combalido pelas divisões ideológicas, sem que se saiba qual o futuro que reserva à população, sem que haja indícios de que alguma coisa boa esteja por vir. A observação é de um povo cada vez mais à mercê de decisões, que só aumentam as incertezas. No Congresso, os representantes diretos dos eleitores, estão também longe das responsabilidades, sem ação, e cada vez mais comprometidos com seus interesses pessoais, ou sabe-se lá com o que mais. Na alta corte, a Constituição passou a ser um mero objeto, em que o resguardo da Carta Magna, se desqualifica. A balança pende para apenas um lado. Enquanto isso, toda uma nação, dependente do poder, segue trabalhando, produzindo, empreendendo, mesmo com os percalços advindos justamente de quem deveria ser o maior estimulador: o Governo. O paliativo, tem dado lugar à real necessidade. Cito o exemplo do falso prioritário de que o brasileiro precisa comprar carro novo, com descontos de alguns modelos, em que o mais barato gira em torno de R$ 60 mil. Por outro lado, o aumento dos gastos públicos, semeiam novos impostos e taxações. Agora, os bancos já anunciam cobrança de taxa sobre o Pix, a partir de julho. A sensação é de que se correr o bicho pega, e se ficar o bicho come.
CPIs pouco propaladas
Diferentemente do que foi a CPI da Pandemia, em que as manchetes dos noticiários da grande mídia ocupavam todos os principais horários, a temporada de CPIs simultâneas, todas com suas prioridades, estão longe dos principais holofotes, embora estejam andando. A mais recente, instalada no Senado, na semana que passou, a CPI das ONGs, irá investigar, no prazo de 130 dias, a liberação, pelo Governo Federal, de recursos públicos para ONGs, e OSCIPs, bem como, a utilização, por essas entidades, dos recursos e de outros por elas recebidos do exterior, a partir do ano de 2002 até a data de 1º de janeiro de 2023. Além disso, saber do desvirtuamento dos objetivos da ação dessas entidades, operando inclusive contra interesses nacionais, casos de abuso de poder, com intromissão em funções institucionais do poder público e a aquisição, a qualquer título, de terras por essas entidades. Além dela, no Senado, tramita a CPMI dos atos de 8 de Janeiro. Já na Câmara dos Deputados, transcorrem as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) do Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), das Lojas Americanas e das Apostas Esportivas. Em meio aos interesses de situação e oposição, a população, quase sem saber do que está ocorrendo, espera que os desfechos das Comissões possam esclarecer abertamente todas as verdades que cercam as investigações.
Bom do domingo.
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