Possível fechamento de escola em Criciúma motiva protesto de moradores
Comunidade realizou uma reunião com a secretaria de Educação foi realizada na noite dessa quinta-feira, dia 20, protestando contra o fechamento da Escola Augusto Pavei, no bairro São Domingos
A possibilidade de fechamento da Escola Augusto Pavei está deixando os moradores do bairro São Domingos, em Criciúma, revoltados. A comunidade realizou uma reunião na noite dessa quinta-feira, dia 20, e protestou contra a proposta apresentada pelo Governo do Município.
Conforme o secretário de Educação de Criciúma, Celito Cardoso, o caso ainda está sendo discutido e a decisão será tomada nos próximos dias, em conversa com a comunidade. Segundo Cardoso, o que levantou a possibilidade de fechamento foi a qualidade do ensino.
“A escola é pequena, tem 74 alunos, sendo 14 de Araranguá. Mas o peso que teve nessa sugestão foi a qualidade de ensino. Sugerimos a transferência das crianças, que já vem para a aula de ônibus, para ir até outra escola bem estruturada, com sala de informática, sala maker, ginásio, com um dos melhores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da nossa rede, no bairro Quarta Linha”, explicou.
Uma reunião foi realizada na noite dessa quinta-feira, dia 20, com os moradores do bairro, responsáveis pela unidade escolar e representante do secretário de Educação do município. A população protesta contra o fechamento pois, segundo eles, é uma unidade escolar com mais de 50 anos, fundada pela comunidade.
“Trouxeram dois presídios e um Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) pra cá, a comunidade aceitou. Agora querem fechar nossa escola. Temos uma escola do lado de casa, precisamos dela”, disse a mãe de uma aluna da escola, Cátia Votri Daros.
Segundo o secretário, uma nova reunião deve ser realizada nos próximos dias com o secretário de Educação do município para avaliar o caso.
Acompanhe abaixo a nota emitida pela comunidade:
“A comunidade escolar manifestou-se contrária ao fechamento da unidade escolar, existente há quase 70 anos. Como argumentos contrários, apresentaram um crescimento do bairro 2,5 vezes maior do que o crescimento médio do município, resultados em outros processos de avaliação da educação maiores que a média municipal, o prejuízo de se fechar a unidade escolar para a comunidade, uma vez que todos se sentem parte e responsáveis pela mesma”.