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Pobreza menstrual: campanha arrecada absorventes íntimos para doação

Campanha é em alusão ao Dia Internacional da Mulher, que é comemorado no dia 8 de março

Uma campanha busca arrecadar absorventes íntimos para mulheres carentes de Criciúma. A ação está sendo idealizada pela vereadora Giovana Mondardo para atender famílias que não tem condições financeiras de comprar o item de higiene. A campanha é em alusão ao Dia Internacional da Mulher, que será comemorado no dia 8 de março.

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“Menstruar não é uma escolha e ter acesso ao absorvente deveria ser um direito. O Dia Internacional da Mulher é um dia de muito significado. Não é só um dia de dar parabéns, mas para nós é um motivo de reivindicação daquilo que a gente ainda não conquistou e precisa avançar. Dentre elas é o acesso aos absorventes”, explica a vereadora.

Na última semana, a ação já recebeu a doação de 875 pacotes de absorventes do Bistek Supermercados. A vereadora busca ajuda da população e de outras entidades que tenham o interesse em contribuir com a causa.  As doações serão recebidas até o dia 12 de março, data que será realizado uma ação para a entrega dos itens. Para contribuir, o interessado pode entrar em contato pelos números (48) 3431-2265, (48) 99179-6218.

Lei em vigor

O município de Criciúma conta com uma Lei contra a pobreza menstrual desde julho de 2021. A Lei nº 7.929/2021 institui diretrizes para a Política Pública Menstruação Sem Tabu, de conscientização sobre a menstruação e a universalização do acesso a absorventes higiênicos.

A Lei conta com diferentes diretrizes, como o fomento de campanhas para conscientização para a dignidade menstrual, incentivo de palestras e cursos e os absorventes devem ser incluídos como “componente obrigatório” das cestas básicas destinadas a núcleos familiares onde haja mulheres em Criciúma.

Para garantir esse recurso, foi feita uma emenda na Lei Orçamentária Anual (LOA) no valor de R$ 250 mil, aprovada pelos vereadores no fim de 2021, para que a Lei seja seguida no município.

Abandono escolar

Um estudo realizado pelo Ensino Social Profissionalizante (Espro) divulgado nesta semana, aponta que 20% de jovens entre 14 e 24 anos já deixaram de frequentar a sala de aula por não ter condições de comprar absorvente. O levantamento divulgado pelo portal uol entrevistou 2.930 pessoas que menstruam e outras 805 que não menstruam e reforça que o não uso é mais comum entre pessoas com renda de até um salário mínimo.

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