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PMs e servidor público são presos por participação em homicídio no sul catarinense

Foi decretada a prisão preventiva de dois Policiais Militares e um servidor público municipal, denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por homicídio triplamente qualificado e violação de domicílio. Os policiais respondem, também, por lesão corporal. Os crimes ocorreram na madrugada do dia de 20 de julho deste ano, quando um rapaz de 27 anos foi espancado até a morte por suspeita de um furto ao servidor, amigo dos policiais.

Uma quarta pessoa, sem participação direta no homicídio, foi denunciada por falso testemunho. A ação penal foi apresentada pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Sombrio e recebida pelo Juízo da 2ª Vara da Comarca de Sombrio, que decretou a prisão preventiva dos três acusados pelo homicídio, conforme requerido pelo Ministério Público.

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Na ação, a Promotora de Justiça Juliana Ramthun Frasson relata que, após consumirem álcool em uma loja de conveniência, os réus foram até a residência da vítima. Antes do crime, contataram um vizinho e pediram que este desligasse as câmeras de segurança de sua casa, ou negasse o acesso às imagens se alguém, em especial a polícia, as solicitasse.

Vítima foi espancada até a morte

Em busca do suposto autor do furto, os três arrombaram duas residências e agrediram um morador com coronhadas e chutes. Em seguida, os réus encontraram a vítima, que foi violentamente espancada com socos, chutes e um pedaço de madeira até a morte. A acusação sustenta que o homicídio praticado pelos dois policiais e pelo servidor público foi triplamente qualificado, uma vez que foi cometido por motivo fútil, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e com emprego de tortura.

A pessoa denunciada por falso testemunho é o proprietário da loja de conveniência, que escondeu da Polícia Civil – quando esta, ainda na mesma noite, investigava o homicídio – a presença do trio no estabelecimento, para onde tinham voltado após o crime.

Prisão preventiva 

A prisão preventiva foi decretada devido à necessidade de garantia da ordem pública, diante da premeditação e da brutalidade do crime e por conveniência da instrução criminal do processo, uma vez que os réus já teriam agido pra obstruir a investigação.

Os mandados de prisão preventiva contra os dois policiais foram cumpridos na última semana. Ambos foram transportados por guarnição policial militar ao 9º Batalhão de Polícia Militar, em Criciúma, onde estão presos em alojamento próprio. Já o mandado contra o servidor público ainda aguarda cumprimento. A decisão é passível de recurso.

Relembre o caso

http://portallitoralsul-com-br.umbler.net/policia-ainda-nao-tem-pistas-de-quem-matou-homem-em-sombrio/

http://portallitoralsul-com-br.umbler.net/caso-sombrio-pms-sao-suspeitos-de-assassinato-no-municipio/

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