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Pets também podem doar sangue

A proprietária do Labrador, Hercules, Tanara Agostinho Rossa, soube que seu cão poderia ser doador de sangue e salvar vidas, via uma postagem sobre o assunto pelas redes sociais, e se interessou.

“Fiz contato com o laboratório e uma equipe foi até a minha casa para realizar a coleta. Armaram uma maca, deitamos o Hercules e o procedimento foi feito. Não ficamos receosos, fiquei mesmo foi orgulhosa dele. Achei muito lindinho”, revela.

Ela ainda conta que o legal disso tudo foi que os resultados foram entregues na hora. “Ele tem dois anos e muita saúde. Como diz o ditado: “pra dar e vender”, e prefere dar vida a outros amiguinhos que precisam”, fala satisfeita Tanara.

Salvando a vida de cães e gatos

A prática da doação de sangue animal já é comum nas grandes cidades, elas ocorrem em hospitais e bancos de sangue veterinários que buscam seus doadores. Em Criciúma, o trabalho também já existe e teve início em março do ano passado, por meio do Laboratório Veterinário Labvet Sul. “A doação de sangue ocorre na casa do proprietário e a coleta dura cerca de dez minutos, dependendo do temperamento do animal. Após a coleta da bolsa uma amostra de sangue também é coletada para exames laboratoriais que atestam a saúde do animal e a ausência de doenças infecciosas transmitidas pelo sangue. Garantindo assim um check up periódico dos doadores e o monitoramento da sua saúde”, explica a médica veterinária Priscila Soratto.

Além do sangue total que pode ser conservado por até 35 dias, sob constante refrigeração o banco também trabalha com hemocomponentes. “Assim como os bancos de sangue humanos, os componentes do sangue são fracionados por meio de equipamentos específicos e conservados em forma de concentrado de eritrócitos que tem validade de 42 dias sob refrigeração. Plasma fresco congelado que tem validade de um ano congelado e concentrado de plaquetas que tem validade de cinco dias em temperatura ambiente e constante agitação”, informa Priscila. E completa. “A coleta pode ser realizada a cada quatro semanas, respeitando o volume máximo de coleta para cada animal, para os nossos doadores trabalhamos com um período maior de intervalo, sendo de oito semanas entre as doações”, diz.

Quem solicita as bolsas de sangue

As bolsas de sangue podem ser solicitadas por veterinários de qualquer clínica ou hospital veterinário das regiões de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná que necessitem realizar transfusões sanguíneas em cães ou gatos. Segundo ela, em geral as causas da necessidade de transfusão em animais domésticos são: traumas (como atropelamento), cirurgias invasivas com perda sanguínea significativa, anemias causadas por hemoparasitas, anemias causadas por doenças infeciosas, anemia por deficiência de nutrientes, anemias causadas por tumores malignos ou doenças medulares degenerativas.

Fator sanguíneo com maior demanda

Devido não ser conhecido o tipo sanguíneo dos animais que irão receber a bolsa de sangue, hoje a opção é o teste de compatibilidade sanguínea que é realizado antes da transfusão, utilizando uma amostra do sangue do animal doador e do receptor, quando compatível à transfusão pode ser realizada.

Poucos doadores cadastrados

O laboratório também enfrenta a mesma dificuldade que os bancos de sangue humanos, a falta de doadores, conforme Priscila, alguns dos motivos são os pré-requisitos de peso e temperamento necessários para um cão ser doador. “Algumas vezes existem doadores que se enquadram nos quesitos de peso e temperamento, mais não podem entrar no cadastro de doadores por possuírem algum tipo de parasita no sangue”, explica.

 Saiba os critérios que um cão deve ter para doar sangue

Para ser um doador o cão deve ser saudável, ter entre 1 e 8 anos, pesar mais de 25 Kg e temperamento dócil. Os gatos devem ser igualmente saudáveis e pesar acima de 4 kg, o temperamento não é tão importante no caso dos gatos, pois estes quando necessário são sedados para realização da coleta de sangue.

Os proprietários que queiram cadastrar seus animais como doadores podem entrar em contato pelo telefone (48) 3045 5545.

 

 

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