Pesquisa aponta Whatsapp como fonte de notícias falsas sobre a Covid-19
O WhatsApp é a plataforma digital onde a maior parcela da população brasileira identificou desinformação sobre a Covid-19. É o que mostra uma pesquisa do Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo da Universidade de Oxford, na Inglaterra.
40% dos brasileiros disseram ter encontrado notícias falsas sobre o novo coronavírus no aplicativo de mensagens na semana anterior a da realização da pesquisa, que ocorreu em abril deste ano.
O estudo foi feito em outros sete países, além do Brasil, para verificar como as populações locais acessam notícias e informações sobre o novo coronavírus um ano após o início da pandemia.
De acordo com a pesquisa, pessoas que utilizam aplicativos de mensagens são mais predispostas a acreditar em fake news (notícias falsas) sobre a pandemia, em comparação com aquelas que buscam por outras fontes de informação. Entre os entrevistados dos oito países, os brasileiros foram os que mais utilizaram plataformas digitais no último ano.
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Para Claudia Galhardi, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, a adesão e o compartilhamento de notícias falsas sobre a pandemia enfraquecem as medidas de combate à doença.
Em quase todos os países pesquisados, as organizações de notícias são a fontes de informações mais utilizadas. Conforme o levantamento, autoridades nacionais e globais de saúde, cientistas e médicos continuam altamente confiáveis.
Por outro lado, em termos de fontes de informações falsas ou enganosas sobre a Covid-19, o estudo apontou que a preocupação pública está centrada nos atores políticos. Em média, 35% dos entrevistados afirmaram ter visto muita notícia falsa de políticos individualmente.
A especialista da Fiocruz Claudia Galhardi alerta que é fundamental que todos façam uma leitura crítica sobre os conteúdos recebidos sobre a pandemia e consultar fontes seguras antes de compartilhar informações.