Pesquisa e as influências para o pleito de outubro em Santa Catarina
Um novo levantamento realizado pelo Instituto Tulipa Pesquisas de Mercado e Opinião Pública Eireli, divulgado neste domingo (12), trouxe apontamentos diferentes, mas não longe da realidade. Sob os registros SC-04622/2022 e BR-03340/2022, a pesquisa ouviu1.537 pessoas entre os dias 5 e 9 de setembro. A margem de erro é de 2,5% para mais ou para menos e, a confiabilidade é de 95%. Não vou me ater por completo aos números. Mas procurar dimensionar os significados. Assim, na estimulada, quando é perguntado ao eleitor, em quem ele votará em outubro, o governador e candidato à reeleição, Carlos Moisés (Republicanos), aparece em terceiro (18,74%). Muito embora empatado tecnicamente com o segundo com o liberal, Jorginho Mello (18,93%), e com Gean Loureiro (UB), agora na frente, com 21,60% das intensões de voto. Um pouco mais abaixo, Décio Lima (PT) e Esperidião Amin (Progressistas), com 11,84%.
Justificativas
Num de meus comentários aqui há pouco tempo, abordei o fator rejeição, como sendo uma das justificativas para a estagnação de Carlos Moisés (foto). Em todas as pesquisas ele aparece com a maior. Certamente, trava o crescimento, dando-lhe a tendência de queda. Por isso, não dá para desconsiderar os apontamentos da nova pesquisa, que apenas apresentou uma aparente tendência, e que vem se confirmando a cada revelação de novos índices. Gean Loureiro, por sua vez, tem percentual bastante pequeno no quesito rejeição. É de se considerar o posicionamento dele, à frente, desta vez.
Efeitos a serem considerados
Outras questões também não podem ser deixadas de lado. Há nisso tudo também o efeito Antídio Lunelli. Há nas fileiras do MDB a divisão. Não acredito que o expurgo e a anulação do militante que sacrificou a condição de prefeito de Jaraguá do Sul, tenha sido simplesmente esquecido. Além disso, há também o efeito da nomeação de Ivete Silveira ao Senado, facilitada pelo concorrente Jorgino Mello, sem falar na rejeição interna do nome do vice, Udo Döhler, e até mesmo a Carlos Moises, ancorado num partido nanico. São arestas que não fazem parte ainda, de uma coesão.
Senado
Nenhuma surpresa. O ex-governador Raimundo Colombo (PSD), tem mantido a preferência com a mesma folga indicada nas demais pesquisas. Na estimulada, tem 25,26%. Porém, não se pode desconsiderar o crescimento do novato Jorge Seifer (PL), 12,69%, que tem a preferência de grandes como do presidente Jair Bolsonaro e de Luciano Hang, por exemplo. Só não sei se tais influências, desta vez, farão que ele seja o mais votado. Mais abaixo, sofrendo com a pouca indicação do eleitor, estão os veteranos Dário Berger (PSB) e Celso Maldaner (MDB). Os demais, muito abaixo nos índices, dificilmente terão avanço ao ponto de despontarem mais acima. Não há mais tempo, praticamente.
Presidente
Segue a tendência em Santa Catarina. Jair Bolsonaro (PL), mantém no Estado, ampla margem, sendo o mais citado na estimulada, com 51,01%, contra o segundo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 25%,83%. Ciro Gomes, que por hora cancelou a vinda dele à Santa Catarina, aparece em terceiro, com 6,51%. Enquanto isso, Lula, espera fazer crescer o índice, a partir da visita já agendada, para o próximo domingo (18), quando deve fazer uso do palanque oferecido por Décio Lima, candidato petista ao governo, em Santa Catarina.
(Fonte dos índices: SC em Pauta)