Operação Mensageiro: Lages e Tubarão entre os pilares do esquema de propinas do lixo
Mesmo em segredo de justiça, informações da Operação Mensageiro, seguem vazando. O compadrio dos envolvidos estarrece o Estado. Em Lages, a partir do que vem sendo noticiado, tem deixado a comunidade serrana estupefata. Todos os envolvidos, tanto da primeira fase, quanto da segunda fase da operação ainda estão presos. O prefeito Antonio Ceron e o ex-secretário da Secretaria de Águas e Saneamento (Semasa), se encontram recolhidos em prisão domiciliar. As supostas irregularidades com a revelação de novos números, apontam um alto volume de propina repassado aos envolvidos, a partir de contratos de lixo e iluminação pública, e que deixam Lages como um dos principais pilares de desvios de dinheiro público, naquele que está sendo considerado o maior esquema de corrupção de Santa Catarina. A cada revelação, os comentários revelam um sentimento de vergonha entre os lageanos. Apontam, que isso vem acontecendo pela crença na linguagem dos “coronéis” do voto, e que sempre conseguem ser eleitos. Aliás, as próximas eleições municipais prometem. Por fim, apesar de tudo, a administração ainda mantém o contrato e o serviços de recolhimento de lixo, com a empresa supostamente envolvida. Além disso, a gestão municipal, conduzida pelo vice Juliano Polese (PP), procura dar prosseguimento às ações, de forma mais natural possível. No entanto, o clima na Prefeitura e na cidade, fomentado pela CPI da Semasa, na Câmara de Vereadores, é de total vergonha.
No Sul do Estado
O mesmo sentimento de vergonha deve estar atingindo a comunidade de Tubarão, no Sul do Estado, pelos mesmos motivos, com o possível envolvimento na Operação Mensageiro, com recebimento de altas somas em propina, com acusação dirigida ao prefeito Joarez Ponticelli, ao vice, Caio Tokarski, e a outro agente público, Darlan Mendes da Silva. Pessoas agora marcadas e que a qualquer momento poderão ser responsabilizadas e se tornarem rés. As notícias, sempre que reportadas na mídia, causam efeitos negativos em meio à sociedade. O jeito será aguardar pelas decisões da Justiça, e, no próximo pleito, procurar construir candidaturas ilibadas, e deixar para trás a mancha que tem colocado as administrações dos municípios arrolados, em total desconfiança.
Lei sobre o fornecimento de medicamentos à base de canabidiol
O projeto de lei que regulamenta o fornecimento de medicamentos à base de canabidiol na rede pública foi detalhado esta semana pela deputada Paulinha, em Balneário Camboriú. A proposição de 2021 foi desarquivada nas últimas semanas e está tramitando novamente na Comissão de Constituição da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Em reunião pública sobre o tema no plenário da Câmara de Vereadores, a parlamentar defendeu o acesso das famílias aos medicamentos. Ela reforçou que não se trata de uma questão ideológica, mas de saúde, bem-estar e de empatia com as pessoas que precisam do medicamento. O projeto de lei prevê uma lista de doenças e condições que podem ser tratadas com uso de medicamentos à base de canabidiol. A relação inclui Alzheimer e Parkinson, epilepsia, autismo, fibromialgia, ansiedade, depressão e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). Paulinha reforçou que segue trabalhando para que o projeto de lei seja aprovado no parlamento catarinense nos próximos meses.