O assunto não é novo em minha coluna. No entanto, o fato do senador Jorginho Mello (PL) ter vencido as eleições para o Governo de Santa Catarina, abriu vaga para o primeiro suplente herdar a cadeira no Senado. Assim, Ivete Silveira, viúva do ex-governador Luiz Henrique será a dona efetiva do cargo, a partir de janeiro de 2023. Isso significa que o MDB, mesmo derrotado nas eleições ao ter apoiado Carlos Moisés (Republicanos), manterá um representante de peso no Senado Federal, mesmo perdendo Dário Berger, hoje no PSB.
Dependendo da força de articulação, dona Ivete poderá tomar as rédeas do Partido e ajudar na esperada reconstrução. Um assunto falado, inclusive, pelo presidente da Assembleia Legislativa, Moacir Sopelsa, em entrevista à coluna recentemente. Imagino que, ao acompanhar a vida política do marido por tantos anos, a agora senadora Ivete Silveira, tenha alcançado um enorme aprendizado na arte de liderar.
Mutirão da saúde: primeiro ato no governo de Jorginho
A questão da saúde foi um dos temas bastante abordado durante a campanha de Jorginho Mello. Neste final de semana, ao falar para a imprensa, disse que o primeiro ato de governo será realizar um mutirão de saúde para começar a reduzir a fila de atendimentos. Este um dos mais sérios problemas no campo da saúde no Estado. Prometeu que irá contratar os procedimentos junto aos hospitais filantrópicos e médicos, assim que assumir. Aliás, não é mais promessa de campanha, portanto, é de se esperar algo prático nesse sentido já a partir de janeiro de 2023. Conforme relata, é desumano ver mais de 100 mil paciente à espera na fila por uma cirurgia. Obviamente também deverá cumprir promessas relacionadas à educação e à redução do desemprego. A faculdade gratuita foi também muito comentada por ele em todos os debates e discursos. Disse que irá levantar a régua da educação em Santa Catarina. Assuntos que nos deixarão atentos no campo da opinião.
Sobre o Plano 1000
O Plano 1000 foi um dos programas municipalistas empregado antes mesmo de iniciar a campanha para reeleição, de parte do governador Carlos Moisés. Alguns candidatos até prometeram que dariam sequência a ele, caso eleitos. Confesso que não tenho lembrança de ter ouvido Jorginho Mello ter prometido também. No entanto, se coloca como sendo municipalista e que irá fazer um governo voltado para as pessoas e aos municípios. Talvez, seja a forma de dizer que dará continuidade ao Plano 1000, mas com outro formato e denominação.
A vice Marilisa
Importante o comprometimento feito por Jorginho Mello sobre a participação da vice-governadora, a delegada Marilisa. A formação dela permite ter no governo uma participação efetiva, diferente do atual gestor, que excluiu a vice por completo de qualquer presença nas atribuições governamentais. Sendo assim, o governador eleito, ao dividir a vitória com a vice, da indicativos de que irá gerir o Estado de mãos dadas. Na política e aos olhos do eleitor isso tudo faz muito sentido.
Último grito
O povo brasileiro, vestido de verde e amarelo deu ontem, quarta-feira (02), o último grito na tentativa de ser ouvido, diante da temeridade de um novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Foram aos milhões para a frente dos quarteis e nas ruas dos principais centros do país. Provavelmente o ato não resultará em nada. No entanto, está dado o recado, de que essa parcela significativa da população está acordada e atenta em caso de deslizes do Governo. Num estalo de dedos volta às ruas, e ainda com mais disposição.