Cumpriu-se o rito de posse da viúva do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, dona Ivete, no Senado Federal. Ela assume por um período de três meses, na licença do titular Jorginho Mello, candidato ao Governo de Santa Catarina. Ivete Silveira (MDB) é primeira suplente. Ela era aliada partidária de Jorginho, em 2018. O Senador que abriu oportunidade também ao segundo suplente, referiu-se à senhora Ivete, dizendo que ela irá honrar o Estado, no cargo, e cuidar das pautas de interesse do presidente Jair Bolsonaro. No meu entendimento, a postura de Jorginho Mello está repleta de significados. Um deles, é atrair partidários do MDB que estão descontentes e até contrariados com a junção do Partido, na condição de vice, na composição com Carlos Moisés (Republicanos), ancorada num partido nanico. Eis um fator a ser analisado. O MDB perdeu há muito tempo a sua grandeza, e vem se escorando a outras siglas para sobreviver, isso, depois do falecimento do grande líder, Luiz Henrique. Por essa razão, percebo que a posse da dona Ivete no Senado, tem forte significância aos discordados da atual aliança, e cria desconfiança em meio à cúpula de hoje, e também a Carlos Moisés.
Segundo turno em SC
Caso não aconteça nada de extraordinário, o desenho é que Santa Catarina se encaminha para um segundo turno para definição do governador. E quem deve chegar? Carlos Moisés (Republicanos), aparece entre os mais cotados, e deverá ficar na espera de um segundo nome. Pelos números da pesquisa divulgada esta semana, pela NSC, estariam na briga Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP). O curioso aqui, é o fato de que os dois estiveram bem próximos de uma coligação. Porém, na última hora cada um seguiu seu caminho. Sabe-se lá como estariam se a composição tivesse sido firmada. A pesquisa, por certo, teria outro percentual.
Fidelidade de Décio Lima não prospera em SC
O candidato Décio Lima (PT), desde o início apostava na grande coligação formada no Estado, no maior tempo, e na possibilidade de divisão de votos dos tidos como direita, pela quantidade maior de candidatos. Nem mesmo a posição do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, que segundo empresas de pesquisas, lidera o quadro nacional, tem tido efeito, sem que as intenções de voto dele cheguem à coligação. E deverá ser assim até o final. Dificilmente irá se aproximar da possibilidade de chegar a um segundo turno. O eleitor catarinense, pende para os candidatos tidos como da direita. A fidelidade de Décio, ao líder maior, não prospera no Estado.
Candidatos ligados a Bolsonaro
Ainda na carona da pesquisa eleitoral da semana, divulgada pela NSC, percebe-se que, neste primeiro momento, os candidatos ligados à direita, mais precisamente carregando o nome de Jair Bolsonaro, também não tiveram a absorção de intenções esperada. Diferente de 2018, que uma avalanche de políticos se elegeu nas costas do Presidente, desta vez, a “cola”, não está tendo liga. Pelo menos neste início de campanha. Jorginho Mello (PL) pode até decolar, mas, por hora, aparece em segundo nos cômputos da pesquisa. A igualdade ocorre também na corrida para o Senado. Mesmo com a boa projeção de votos em Santa Catarina para Bolsonaro (50%), o candidato dele, Jorge Seif Júnior, teve uma citação pequena (4%). Sendo assim, se os números até o final da campanha permaneceram parecidos, o ex-governador Raimundo Colombo tem boas chances de ser o eleito.
Tempo dos candidatos à Presidência
Esta semana o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu a proposta de distribuição de tempo no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão para os candidatos à Presidência da República. A propaganda começa no dia 26 de agosto e vai até 29 de setembro. O tempo foi calculado conforme a representatividade dos partidos políticos na Câmara dos Deputados.
Sendo assim: Luiz Inácio Lula da Silva (3 minutos e 39 segundos); Jair Bolsonaro (2 minutos e 38 segundos); – Simone Tebet (2 minutos e 20 segundos); Soraya Thronicke (2 minutos e 10 segundos); Ciro Gomes (52 segundos) – PDT; Roberto Jefferson (25 segundos) – PTB, e Felipe D’Avila (22 segundos ) – Novo.
Fora da propaganda: os candidatos Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Vera Lúcia (PSTU) e Sofia Manzano (PCB) não atingiram os requisitos mínimos e não terão acesso ao horário eleitoral. Pela ordem de apresentação, Roberto Jefferson, será o primeiro a dar as caras. (Fonte: Agência Brasil).