Depois de 40 dias o presidente Bolsonaro quebra o silêncio e fala com apoiadores
Por volta das 16 horas desta sexta-feira (9), a aparição diante dos apoiadores, próxima ao Palácio da Alvorada, teve forte simbologia. Foram, segundo ele, 40 dias em silêncio, embora estivesse trabalhando internamente e participando de alguns atos oficiais. Enquanto isso, nas ruas e em frente aos quartéis, milhares de pessoas seguem mantendo suas posições. O presidente Jair Bolsonaro primeiro ouviu manifestantes, para depois falar. Lembrou que Muitas vezes há informações que não procedem e pelo cansaço, pela angústia, pelo momento, passam a criticar. Sobre as Forças Armadas afirmou que são essenciais em qualquer país do mundo, e ao longo destes quatro anos, elas são o último obstáculo para o socialismo.
Mensagem cabível de interpretações
Como bem ele disse, primeiramente estava ali para ouvir. Salientou que não estava quebrando o silêncio, e que iria falar apenas o vem dizendo ao longo dos últimos quatro anos, e sobre o que aconteceu durante o processo eleitoral. Reforçou que sempre esteve lutando pela liberdade, até mesmo de quem é contra ele, e para dar um fim aos absurdos que acontecem na Pátria. Prosseguiu falando que a luta é para trazer o lado da verdade, do respeito, da família e da religião, e assim ter um Brasil para ser uma grande nação. Alertou que é fácil impor uma ditadura no Brasil. Porém, nunca é tarde para acordar e saber da verdade. Afirmou que não foi fácil ter ficado calado por quase 40 dias. Observou que algo acontece fora das condições normais, e que nunca o povo foi às ruas para pedir para um Presidente ficar. Por fim, foi mais taxativo ao afirmar que nunca saiu das quatro linhas, e que a vitória será desta maneira. Falou que a luta nas ruas não é por ele, e sim pelo País. Concluiu dizendo que vai fazer a coisa certa. “Vamos vencer e que tudo dará certo no momento oportuno”.
Lula e os primeiros ministros
A sexta-feira (9), também teve pronunciamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante coletiva de imprensa em Brasília, ele anunciou os primeiros cinco nomes que vão compor os ministérios. O nome de Fernando Haddad, que vinha sendo ventilado para a Fazenda, acabou sendo confirmado. Resta saber como um político sem a especialidade na função irá conduzir os destinos do país no ministério mais importante. Para o Ministério da Defesa, o nome escolhido é José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Na pasta da Justiça e Segurança Pública, Lula indicou o senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino, que também foi governador do Estado, deputado federal e juiz. Já para a Casa Civil, a escolha foi pelo atual governador da Bahia, Rui Costa. O presidente eleito também anunciou o embaixador Mauro Viera para o Ministério das Relações Exteriores.
Em Santa Catarina
No Estado, o governador eleito Jorginho Mello (PL) também ainda deve alguns nomes em pastas estratégicas como a da Casa Civil, da Infraestrutura e Mobilidade e da Comunicação. Nomes já estão sendo especulados por colegas formadores de opinião. Independente disso, na semana que vem, Jorginho irá novamente se pronunciar para fechar o quadro do primeiro escalão, e dar sequência nos demais. Além disso, por certo, anda de olho nos acontecimentos pelos lados da Alesc, sobre as costuras para a composição da Mesa Diretora, importante para a estratégia de governo. Assunto que deverei abordar mais profundamente nos conteúdos futuros.