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Declarações do presidente da Apex-Brasil ainda repercutem e FAESC reage

José Zeferino Pedrozo, presidente do Sistema Faesc/Senar-SC pede respeito ao agronegócio brasileiro / Foto: MB Comunicação

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), é a maior entidade representativa do agronegócio catarinense. Durante esta semana, através do presidente José Zeferino Pedrozo, lançou forte manifesto, exigindo respeito. Ele enfatizou num artigo, o quanto o agronegócio brasileiro conquistou reconhecimento internacional em razão da qualidade de seus produtos e da sustentabilidade das suas cadeias produtivas. O manifesto se deu mais pelo que o dirigente considera ter sido “equivocado” o posicionamento do presidente Jorge Viana, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) que, em recente evento na China, associou problemas ambientais com a produção agropecuária brasileira. Em suma, desqualificou sim o agronegócio brasileiro, num ambiente externo, de forma totalmente desnecessária. Zeferino reitera que fato causou estranheza e revolta junto aos produtores, empresários rurais e agroindústrias, e também pediu respeito ao agro, além de recomendar que “a nova Administração Federal passe a atuar em parceria com o setor produtivo para ampliar os acordos comerciais no exterior para os produtos do agronegócio brasileiro”. Por fim, a preocupação da Faesc é justificada. O discurso envolvendo o agronegócio brasileiro, vindo da própria esfera federal, sem falar das invasões de propriedades, está causado insegurança, e carece de um posicionamento adequado a um setor que praticamente carrega a economia nacional nas costas.

Agronegócio: quase a metade das exportações

Conforme ainda José Zeferino explicitou, o agronegócio contribuiu no último ano com 47% das exportações brasileiras, razão pela qual, ele, como presidente da FAESC pedirá ao Ministério da Agricultura uma declaração a respeito, de forma a enquadrar a Apex-Brasil no cumprimento dos objetivos para os quais foi criada. E mais, ampliou a sua indignação, afirmando que a agricultura e a agroindústria brasileira respeitam o meio ambiente como pressuposto para sua perenização. Metade da área preservada de vegetação nativa no Brasil está dentro de imóveis rurais, sendo protegida por agricultores. Ao mesmo tempo, apenas 7,8% de nosso território são ocupados por lavouras, percentual muito abaixo do apresentado por países como Estados Unidos, Alemanha, França e Índia. Enfim, está mais do que na hora de correntes ideológicas pararam de afrontar o agronegócio, de forma pejorativa e por falta de conhecimento.

Risco à produção de maçã catarinense

(Foto: Aires Mariga / Epagri)

A classe política catarinense tem se mobilizado para alertar o governo federal sobre a intenção de abrir o mercado de importação para a maçã chinesa. Uma questão que já foi introduzida no governo de Lula, no passado, e que agora, novamente é retomada. Difícil entender as razões de um governo, mesmo que isso possa causar um prejuízo completo à produção nacional. Há outros meios para simplesmente agradar os parceiros comerciais chineses. Na ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à China, semana que vem, dia 11, o tema deverá estar na roda de conversas. Caso seja favorável à abertura de mercado para a fruta, estará declarada uma versão política em prejuízo aos catarinenses. Nem de longe quero imaginar que seja uma forma de “vingança”, pela rejeição do eleitor catarinense ao projeto do PT no Estado. Mas, tudo é possível.

Zanatta em São Joaquim

Deputada Júlia Zanatta visita produtores em São Joaquim / Foto: Assessoria

Por falar em maçã, a deputada Federal Julia Zanatta (PL-SC) esteve na Associação de Produtores de Maçã e Pêra de SC – AMAP, em São Joaquim, no meio da semana. Na visita, conversou com produtores locais sobre as demandas do setor. Mais uma vez ela levantou a preocupação, sobre a ideia do governo brasileiro de abrir portas ao mercado chinês, para a importação da fruta. Os produtores argumentam que, ao abrir o mercado brasileiro para a China, o governo afetará negativamente a manutenção de cerca de 15 mil empregos só na cidade. O Governo sabe disso. Sempre soube. A deputada, assim como outras correntes do setor, está acompanhando as movimentações do Governo Federal para defender os produtores de maçã.

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