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Debate em Chapecó expõe os limites dos candidatos ao Governo de SC

O debate entre os candidatos ao governo de Santa Catarina, propiciado pela Rádio Super Condá, de Chapecó, nesta sexta-feira (23) evidenciou mais do que os limites dos proponentes ao cargo máximo no Estado, expôs também as fraquezas. Sem dúvida o nome mais visado foi novamente o do governador licenciado, Carlos Moisés (Republicanos). Há momentos em que ele mesmo deixa brechas para os adversários. Por exemplo, ao perguntar para o senador Esperidião Amin (Progressistas), o que ele pensa da política municipalista praticada por seu governo, sensatamente, o candidato respondeu que se trata de um bom projeto. No entanto, não pode exigir, a partir dele, gratidão. Disse ser uma deslealdade partidária. – É o que vem ocorrendo com alguns prefeitos, que devido ao Plano 1000, hipotecaram apoio a Moisés. Amin salientou esse fato. E disse mais, que Carlos Moisés não deveria usar do governo para assediar os prefeitos, e exigir que devam votar nele para governador. – Não é republicano ver prefeitos coagidos ou questionados. Em resposta Carlos Moisés reforçou que se trata mesmo de gratidão de grande parte dos prefeitos. E isso vem ocorrendo, independente de partido político.

Moisés e Zimmer, os maiores perdedores

O candidato à reeleição, Carlos Moisés, entendo ter sido o maior perdedor no embate com Ralf Zimmer (PROS). O bate-boca, com acusações mútuas, mostrou a existência de arestas na vida pessoal e profissional de ambos. Ralf sepultou de vez qualquer chance de crescimento nesta reta final de campanha. Moisés, que está estacionado num determinado percentual, pode perder pontos, entrar numa zona de risco, e que pode até tirá-lo da disputa num segundo turno. O debate ressaltou partes obscuras, e por mais que tenha sido provocado com agressividade, Carlos Moisés silenciou, ou melhor, fugiu do assunto, sem responder. Deixou no ar algo pendente, e que poderia ter explicado. Refiro-me ao diário de bordo de uma viagem com o avião Arcanjo.

No limite

Foto: André de Lazzari

Os demais candidatos também não perderam a oportunidade para criticar o governador licenciado. Ele foi fustigado ao extremo de seus limites. O assunto saúde foi o mais eloquente. Houve quem dissesse que Moisés está vivendo do discurso e de anúncios, apontando que houve descaso com a saúde no Estado. Sobraram respingos duros também a respeito da compra dos respiradores e o gasto dos R$ 33 milhões. Ralf Zimmer (PROS) foi o que mais o agrediu. Enfim, um debate com pesos e medidas que poderão criar novos fatos neste restante de campanha. Alguns conseguiram se sobressair positivamente, caso de Jorginho Mello (PL) e de Jean Loureiro (UB).

Justiça já sabe quem espalhou fake news contra Colombo

Na eleição passada, o ex-governador Raimundo Colombo era também candidato ao Senado. Na época, alguém espalhou o boato que o asfalto na Coxilha Rica passa em frente às terras dele. Pelo contrário, está muito distante, do outro lado. Neste pleito, ele vem sendo novamente atacado por notícias falsas. No entanto, a Justiça Eleitoral identificou as pessoas que distribuíram tais fake news contra o candidato ao Senado. Pelo que foi apurado, duas pessoas foram identificadas e estão sendo citadas. Agora deverão responder pelos crimes de disseminação de notícias falsas, calúnia e difamação.

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