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Controle do plantio de pinus coloca deputado em conflito com a Serra

A região está indignada com o projeto de Ivan Naatz. Lideranças locais lutam contra embargos do Ibama, e agora, o deputado aumenta o conflito / Foto: Agência AL / Divulgação

Por mais que a defesa do deputado Naatz se atenha ao plantio de pinus na Coxilha Rica, há tempos a região vem travando uma batalha diante de embargos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que está impedindo produtores de cultivar as terras, sem mesmo poder plantar pasto para alimentar os animais. Há, portando, uma luta desigual e desproporcional para a retomada dos direitos de propriedade. Não bastasse isso, eis que surge o projeto do deputado Ivan Naatz (PL), visando a completa proibição do plantio de pinus elliottii na região do distrito rural de Coxilha Rica, em Lages. Surge, portanto, mais um argumento para complicar ainda mais a vida econômica da região e de produtores.

Contra o plantio de pinus

Na semana passada, via assessoria de imprensa, busquei um retorno a respeito do assunto, com o deputado, sem resultado imediato. Porém, a resposta veio, mais tarde, com um texto no e-mail geral, em que ele defende o projeto da sua autoria em Plenário na Alesc, inclusive, já protocolado, com a intenção de proibir o plantio de pinus na referida região da Coxilha Rica. Por mais que busque argumentos com base científica sobre a dita espécie invasora, a economia da Serra está fortemente embasada na cultura econômica. De acordo ainda com ele, o setor da madeira não conseguiu evitar o baixo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH da maioria dos municípios da região serrana. Que contradição do deputado. Então, se não conseguiu com o fomento da madeira, a ideia é afundar ainda mais o IDH, justamente porque lideranças políticas como a do próprio deputado, nunca tiveram competência para encontrar uma solução para diminuir o déficit da pobreza da Serra Catarinense.

Discussão

A Serra está em pé de guerra contra o deputado Ivan Naatz, um alguém, nunca visto na região, pois, não pertence a ela. Reconhece que o assunto está rendendo bastante discussão na Serra. Pois, que o debate aconteça. Que reúna as informações científicas, que não condizem com a realidade e a necessidade econômica da região. Ao justificar a proibição na Coxilha, abre um precedente para que a ideia ganhe corpo nas demais regiões, pois, praticamente, toda a Serra está sobre um campo nativo. Obviamente ele não atua sozinho. Tem recebido informações até de biólogos, denunciando que tem havido supressão de mata nativa para o plantio de pinos. O que não ocorre. Se isso tivesse acontecido, teria sido notícia de grave crime ambiental. Enfim, no quesito IDH, falta, portanto, inteligência e perspicácia de parte do deputado, para encontrar formas eficazes para melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano na região. Ao afirmar que não está menosprezando a vocação econômica da região, porém, sem apresentar uma solução, a não ser proibir, cai em desprezo pela comunidade serrana, que não precisa de mais radicalismo diante de uma das mais importantes atividades econômicas da Serra. Para finalizar, disse que irá propor uma audiência pública em Lages para debater o assunto. A região, aguarda.

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