Candidato Lula, a Presidente, esteve à vontade durante entrevista no JN
Diferente do que se viu com o primeiro entrevistado, o presidente Jair Bolsonaro, que aliás, não vi como a uma entrevista, e sim uma inquisição, o candidato do PT teve toda a liberdade para falar o que quis, no Jornal Nacional, da Globo. As questões foram brandas e concordadas, inclusive, com a “inocentação” de Lula das acusações da Lava Jato. Aliás, pelo que foi dito, a maior operação anticorrupção do país foi destroçada nas palavras do candidato, e repito, com a concordância dos entrevistadores. Teriam eles centenas de questionamentos que poderiam deixar o candidato na pior das situações. Mas não. Tudo o que se apurou e se fez de ruim nos recentes governos do PT, passaram em branco. Preferiram falar do governo de Dilma Rousseff, dando amplo espaço. Lula reconheceu que houve corrupção no governo dele, mas deu a entender que era coisa somente de diretores que enriqueceram, e tiveram que devolver dinheiro, após delações. Prometeu punir a quem se corromper, caso volte a governar o País. Citou Bolsonaro e as interferências, acusando de troca as pessoas em cargos somente por não gostar delas. Disse ainda que Bolsonaro não manda nada, e quem decide é o Congresso, que é um “Bobo da Corte”. Por fim, não foi praticamente interrompido, e deram munição para que ele pudesse expor somente o pensamento de campanha e como vai agir caso volte a ser presidente. Comparou a militância que apronta nas ruas como torcida organizada. Enfim, Lula deixou quicando assuntos sérios, como a citação de fascismo no Brasil, mas os “grandes” jornalistas buscaram pergunta previamente prontas. Lula pareceu um pregador, quase santo. Falou muito, não disse nada.
Após pesquisa, debates devem acirrar
Depois do primeiro debate entre os candidatos ao Governo de Santa Catarina, os subsequentes foram em demasia repetitivos. Em que pese a boa organização de quem os realiza, a exemplo, do último, promovido pela ACAERT. A repetição vem nas considerações dos candidatos. Já estão treinados e com as respostas decoradas. Deveriam fugir do trivial, se é que consigo me fazer entender. Creio que a partir dos índices da pesquisa eleitoral divulgada esta semana, pela NSC, com certeza, os dados, devem ter mexido não somente com a cabeça dos candidatos, mas especialmente com a necessidade de acrescentar itens mais criativos de parte dos marketeiros. Os bastidores devem estar bem mais agitados referidamente aos que tiveram índices muito abaixo do esperado. Vale lembrar que somente participam dos debates oito candidatos com maior representação na Câmara dos Deputados. A posição de líder na pesquisa deverá também sobrecarregar Carlos Moisés (Republicanos). Ele, e os melhores colocados, no caso Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP) deverão ser os mais visados mediante aos olhos de quem não tem nada a perder. E mais, todos, precisam buscar também os eleitores que se situam entre os que ainda não tem posição definida quanto ao voto, ou que não responderam ao levantamento.
Maior rejeição
O fato de aparecer na liderança na última pesquisa eleitoral deve ter deixado feliz o candidato à reeleição, o governador Carlos Moisés. Porém, de outra parte, também causado reação negativa em ter o maior índice de rejeição. Avaliação em torno dos números obviamente ocorreu em meio ao grupo decisório da campanha. Moisés está entre extremos. Um deles precisa ser reduzido a patamares mais aceitáveis. Os opositores também estudaram a tal pesquisa, e devem agir. Fica a expectativa para um novo comportamento no próximo debate, especialmente dos menos rejeitados e com baixos percentuais nas intenções de voto.
Tiros de pistola
Eis outra curiosidade envolvendo Carlos Moisés. Nesta sexta-feira (26), começou a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Na TV, ele deverá aparecer em uma cena dando tiros de pistola. Serão 30 segundos conforme se noticia, usando o uniforme do Corpo de Bombeiros. Obviamente os tiros serão dados em local apropriado, num estande. Será uma espécie de marketing sobre as armas adquiridas para as forças policiais do Estado, pois, não são pistolas comuns, da marca Glock, de fabricação austríaca, e Beretta, de origem italiana, que segundo ele, as mesmas usadas pelo pessoal do FBI. Outra intenção com o vídeo é atrair atenção também de bolsonaristas.
Começou o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV
O primeiro programa no horário eleitoral já foi ao ar no rádio, às 7 horas da manhã desta sexta-feira (26), para o primeiro turno das Eleições 2022. Serão 50 minutos diários, divididos em dois blocos de 25 minutos cada, sendo um veiculado às 7h e outro a partir das 12h. Nas segundas, quartas e sextas-feiras, serão exibidos os programas de candidaturas aos cargos de senador, deputado estadual e governador. Às terças, quintas e sábados será a vez das candidaturas aos cargos de presidente e deputado federal. Essa escala permanece até o dia 29 de setembro, exceto aos domingos, conforme determina a legislação. A ordem e os tempos para cada governador ficaram assim:
Partido Liberal (PL): 00’43”43;
Coligação Bora Trabalhar (Patriota/PSD/União): 02’23”59;
Partido Democrático Trabalhista (PDT): 00’37”98;
Partido Novo (Novo): 00’16”21”;
Coligação Santa Catarina em primeiro lugar (Avante/MDB/Pode/PSC/Republicanos): 01’49”84;
Coligação Frente Democrática – (PT/PSB/PCdoB/PV/Solidariedade): 02’12”70
Coligação Experiência para servir Santa Catarina (PP/PSDB/Cidadania/PTB): 01’40”04
Partido Republicano da Ordem Social (PROS): 00’16”21
OBS: O último partido, coligação ou federação a ter sua propaganda veiculada no dia 26 de agosto será o primeiro no dia seguinte, mantido esse rodízio diariamente até o dia 29 de setembro.