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Patrões e trabalhadores das indústrias plásticas discutem convenção coletiva

Na tentativa de definir o reajuste salarial para os trabalhadores do setor das indústrias plásticas, representantes das empresas integrantes do Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense (Sinplasc) e o Sindicato das Indústrias de Descartáveis Plásticos do Estado de SC (Sindesc), estiveram reunidos na última segunda-feira, 19, na sede do Sinplasc e por meio de comunicado à imprensa informaram as suas decisões:

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“Conceder na folha de pagamento de abril/2021, como antecipação salarial, o reajuste de 6,94%, referente ao INPC anual. Esta iniciativa das empresas foi tomada em razão da dificuldade enfrentada já na primeira reunião de negociação entre a Comissão de Negociação e os representantes do sindicato laboral, referente à convenção coletiva para o período de abril de 2021 a março de 2022. Os representantes das empresas também deliberaram antecipar na folha salarial de maio/2021 o valor de R$ 300,00 para cada empregado, a título de parcela do PPR – Programa de Participação nos Resultados.

O Simplasc e Sindesc sugerem que as respectivas antecipações sejam pagas de forma destacada na folha de pagamento, sob a rubrica Antecipação Salarial CCT e Antecipação PPR. Os representantes das empresas filiadas reiteram que a Comissão de Negociação apresentou em mesa proposta de reajuste salarial e PPR e não tem medido esforços para que a convenção coletiva de trabalho seja ajustada o mais rápido possível com o sindicato dos trabalhadores, sempre preservando a sustentabilidade das empresas do setor”, encerra o texto.

Por outro lado, diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do setor, também enviou nota e fez alguns esclarecimentos. Acompanhe:

“Para restabelecer a verdade, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região vem a público esclarecer que não apresentou nenhuma dificuldade aos sindicatos patronais, na primeira rodada de negociação da convenção coletiva, como divulgado em comunicado oficial das entidades patronais da indústria plástica regional.

Ao contrário do que afirmam os representantes da classe patronal, quem apresentou alguma dificuldade na negociação foi, exatamente, o advogado e porta voz patronal, que após fazer proposta de renovação da convenção coletiva sem atender as demandas dos trabalhadores, encerrou o encontro, descontente por ouvir a indignação dos representantes dos trabalhadores.

Além de não atender a reivindicação de aumento real nos salários, na única rodada de negociação realizada, o sindicato patronal também anunciou que não respeitará acordo firmado na convenção coletiva de 2020/2021 de recuperação do valor do abono/PPR.

São a estes contrapontos, e a proposta de volta das homologações de rescisões de contrato de trabalho, colocados na mesa de negociação, que o sindicato patronal classifica como “dificuldades” impostas pelos trabalhadores.

Os representantes dos trabalhadores, como sempre, estão abertos ao diálogo e à negociação, sem subterfúgios, às claras, sempre calcadas na verdade e em propostas tiradas em assembleias realizadas entre os dias 15 e 24 março”, finaliza a nota.

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