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Paciente do Hospital São José com tumor intracraniano realiza microcirurgia acordado

Sem saber o motivo, o técnico em climatização, Leonardo Gonçalves de Sousa, 30 anos, começou a acordar pela manhã no chão de seu quarto. A situação não era frequente, mas aquilo lhe causava estranheza. Certo dia, sofreu um desmaio e ficou inconsciente, algo que nunca havia acontecido e que chamou a atenção dos amigos que lhe trouxeram para a emergência do hospital.

“Tudo ficou escuro e depois não lembro de mais nada. Um amigo me trouxe ao hospital e foi aí que os médicos começaram a investigar meu problema”, conta ele.

Após diversos exames e tomografia, os médicos especialistas diagnosticaram Leonardo, com um tumor no cérebro de difícil acesso; o problema indicava que ele precisaria então, passar por cirurgia para retirada.

“Após a troca de ideias em equipe, entendemos que a lesão do paciente estava alojada próxima a área da fala e da compreensão da fala, bem como ao local onde está o controle de movimentos (motricidade direita). Sendo assim o ideal seria realizar a cirurgia com monitorização eletrofisiológica transoperatória com o paciente acordado. E assim fizemos. Para este procedimento, tivemos o apoio do médico neurocirurgião da cidade de Tubarão Franciel Linne, que permaneceu durante toda cirurgia monitorando o paciente”, conta o neurocirurgião, Carlos Fernando dos Santos.

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Esta foi a primeira vez que o serviço de neurocirurgia do Hospital São José realizou um procedimento neurológico com paciente acordado via Sistema Único de Saúde (Sus).

De acordo com o especialista, para este tipo de procedimento a monitorização é necessária para que durante o processo, haja segurança para o paciente bem como para o médico, a fim de minimizar os riscos de sequela. “O procedimento aconteceu sem intercorrências e o paciente não apresentou nenhum déficit neurológico. Quando situações acontecem desta forma, nos alegra muito, pois entendemos que de certa forma, conseguimos ajudar os pacientes”, aponta o especialista.

Participaram do procedimento os médicos neurocirurgiões, Carlos Fernando dos Santos Moreira, André Nesi e Luiz Pedro Willimann Rogério.

O paciente passou bem e teve alta. Em dois meses, novos exames devem ser realizados para avaliar todo procedimento realizado.

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