Operação Maktub: fraudes, corrupção e 18 indiciados em Forquilhinha
Polícia Civil divulgou o resultado das investigações nesta segunda-feira (4)
Em Forquilhinha, a Operação Maktub identificou fraudes em cinco processos licitatórios, propinas, corrupção e 18 indiciados. Esses resultados foram divulgados pela Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) nesta segunda-feira (4) após a conclusão das investigações.
A primeira fase da operação foi deflagrada ainda em fevereiro, por meio da Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (DECOR/DEIC), com o objetivo de apurar fraude em uma licitação de engenharia do município, além de outros delitos.
Após a continuidade das investigações, a segunda fase da operação foi realizada no mês de julho, desta vez em Praia Grande, com objetivo de apurar crimes contra a administração municipal. Uma pessoa foi presa durante o cumprimento de outros seis mandados de busca e apreensão. Dois servidores foram afastados das funções, dentre eles o prefeito municipal.
No último dia 15 de outubro, o foco foi novamente o município de Forquilhinha. Na nova etapa deflagrada, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão na cidade. Também foi executado um mandado de prisão preventiva e uma prisão em flagrante foi realizada. Quatro servidores foram afastados dos cargos, inclusive o prefeito do município. A justiça determinou, ainda, o bloqueio de R$ 1,7 milhão.
Conclusão
Agora, nesta segunda-feira, a PCSC concluiu as investigações, identificando fraudes licitatórias em cinco processos municipais distintos, além de ilícitos em outros dois termos aditivos. Por estes crimes foram indiciados oito servidores públicos, o prefeito e nove empresários e funcionários das respectivas empresas.
A investigação também apontou pagamento de propina, resultando no indiciamento do prefeito e de um secretário por corrupção passiva e de um empresário por corrupção ativa. Além destes delitos, 12 pessoas foram indiciadas pela constituição de organização criminosa voltada ao desvio de recursos públicos, sendo eles o prefeito, outros agentes públicos e empresários.
Com a conclusão do processo, a Polícia Civil também representou pela manutenção da prisão de um empresário, bem como dos afastamentos dos agentes públicos afastados anteriormente. O resultado foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).