Notícias de Criciúma e Região

“O professor não aguentou a pressão. Ficou com medo de ser morto”, revela presidente do Siserp

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Criciúma e Região (Siserp), Jucélia Vargas, informou ao Portal Litoral Sul que o professor da disciplina de Artes da Rede Municipal de Ensino de Criciúma, que apresentou em sala de aula um vídeo considerado inapropriado não foi exonerado. Segundo Jucélia,  ele pediu demissão do cargo por não ter aguentado a pressão. “Ficou com medo de ser morto”.

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“Ele disse isso a um professor, que é dirigente sindical. Eles atuam na mesma escola. Estava se sentido coagido e ameaçado”, conta Jucélia. “Desde cedo estou tentando conversar com ele. Entrei em contato, mas acredito que esteja abalado”, lamenta a sindicalista. Ainda conforme Jucélia, o sindicato prestará toda a assistência ao professor, tanto na área psicológica quanto jurídica. “Vamos processar os envolvidos por crime de homofobia”, garante ela.

Segundo Jucélia, o professor de artes estava trabalhando neste vídeo não somente a questão da diversidade e orientação sexual. “O principal objetivo de trabalho dele era de elevar a autoestima no sentido de não ter um padrão de beleza. Ele se utiliza da proposta curricular do município e trabalhou o vídeo com o olhar voltado para a desconstrução do padrão de beleza. Mostrando que todos podem cantar, dançar …” informa a sindicalista.

“O clipe Etérea, do músico Criolo, foi exibido para alunos de uma turma do 9º ano da Escola Pascoal Meller, no bairro Santa Augusta e repercutiu nas redes sociais. O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, via redes sociais se referiu ao fato como “viadagem”.

No sábado, dia 28, um ato será realizado em frente à Prefeitura de Criciúma. A movimentação “Parada LGBTQIA+ Criciúma” está sendo organizada pela vereadora criciumense Giovana Mondardo e será realizada a partir das 14 horas.

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