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Musicando | por Jef Domingos: A incrível história do Spotify!

Por incrível que pareça o Spotify foi fundado em 2006 na capital sueca Estocolmo, mas foi lançado oficialmente em 2008 pelos empresários Daniel Ek e Martin Lorentzon. Nesse período a internet de alta velocidade estava começando em várias partes do mundo, além de ser dominada pela música… mas— baixada ilegalmente, em plataformas nada confiáveis ou custando caro demais.

Antes disso, no ano de 1999 surgiu o Napster por pouco tempo, mas abriu a porteira para a um monte de serviços ilegais de compartilhamento de música. O Torrent, especialmente na forma do Pirate Bay, estava cada vez mais popular.

E o iTunes já tinha 5 anos de vida, mas era limitado em uso e caro para quem queria uma coleção de respeito, já que cobra as compras avulsas. O Daniel trabalhava na desenvolvedora de games Stardoll, e o Martin com marketing digital.

A dupla se conheceu 1 ano antes e se reunia no apartamento do Daniel para bolar um negócio. Ele tinha um Home Theater PC, uma espécie de centro de mídias e foi ali que eles tiveram a ideia de lançar um serviço de música. O nome tem uma história curiosa.

A dupla estava em quartos separados gritando ideias para batizar a empresa, e o Daniel entendeu errado que o colega sugeriu Spotify. Ele adorou e viu que não havia nada parecido. Meio que com vergonha do processo informal, eles agora alegam que a palavra mistura Spot com Identify. E ele já começou com um financiamento de 21 milhões de dólares de vários fundos e negociações com gravadoras de peso. Várias delas— toparam porque a própria indústria não estava bem das pernas por causa da pirataria, e um experimento pago poderia ser uma salvação.

No começo, você poderia acessar a versão gratuita por convites, mas a assinatura estava liberada. A ideia era controlar cadastros não por sobrecarga, mas para criar um clima de antecipação, de modo que as pessoas ansiosas pedissem para os amigos.

O Reino Unido foi a primeira região com cadastro gratuito liberado, em 2009, quando surgiu a versão mobile no iOS. Com uma mensagem do elogios de Mark Zuckerberg no Facebook, rolaram até rumores de uma compra que não aconteceu, mas a recomendação de uma pessoa tão influente foi um grande impulso.

Em 2010, o Spotify alcançou a marca de 10 milhões de músicas no banco de dados. Os números eram impressionantes, como também indicam que o serviço estava chegando perto do grande rival da Žpioca, o iTunes.

O funcionamento era diferente, mas os dois ainda brigariam bastante. Nesse período, o Spotify expandiu para França, Finlândia, Países Baixos, Noruega, Espanha… Apenas em 2011 eles foram para os Estados Unidos, primeiro país fora da Europa.

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Nesse ano, foi criada a integração com o Facebook, para que você mostrasse o que estava ouvindo, e o recurso bombou. E o quadro de diretores ganhou um reforço de peso: Sean Parker, aquele do Napster e do Facebook, interpretado por Justin Timberlake no filme A Rede Social. Ele integrou a companhia em 2010 e foi essencial para a internacionalização do serviço, especialmente nos Estados Unidos, e os acordos com gravadoras.

Tudo isso foi um tanto irônico, considerando o passado de contribuições com pirataria. Ele deixou o cargo em 2017. O spotify mudou a indústria da música, aos poucos o mundo percebeu a importância desse tipo de serviço, para se ter uma ideia, em 2 anos, segundo estudos locais, a pirataria de músicas na Suécia caiu 25%.

Em 2012, vieram as aguardadas versões para navegador e Android. A primeira permitia que você consumisse o conteúdo de qualquer lugar, sem precisar baixar o programa. A outra ajudou a popularizar o Spotify em mais aparelhos, teve uma versão grátis uma limitada que desagradou os usuários que não pagavam, mas tinham direito a 10 horas de transmissões por mês e repetições máximas de cinco vezes de uma música. Isso durou até 2014, quando a versão gratuita só passou a exibir anúncios, que é como a gente a conhece até hoje.

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