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MP denuncia autor da creche em Saudades por 19 homicídios triplamente qualificados

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou o jovem de 18 anos que matou três crianças de 1 ano e duas funcionárias da creche Aquarela em Saudades, no Oeste catarinense, em 4 de maio. A autor do crime foi denunciado em uma ação penal pública, por 19 homicídios triplamente qualificados, sendo cinco homicídios consumados e 14 tentados. Motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.

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Segundo o MPSC, havia 40 pessoas na creche quando o jovem cometeu o crime. Desse total, 19 eram crianças e 21, profissionais como professoras, educadoras e merendeiras. Do total de 40 pessoas, 19 “tiveram de alguma forma a sua vida colocada em risco”, conforme o promotor de Justiça, Douglas Dellazari, e por isso o MPSC denunciou o autor também por tentativas de homicídio. Dessas 19 pessoas, oito eram adultos e 11, crianças.

A denúncia foi detalhada pelos Promotores de Justiça Douglas Dellazari, responsável pelo caso, e Júlio Locatelli, designado para colaborar no inquérito. O Procurador-Geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, e o Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Alexandre Estefani.

Segundo os Promotores de Justiça, a partir das investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, que envolveram, inclusive, a quebra do sigilo de dados do computador do denunciado e de seu celular, ficou claro que o crime foi planejado por pelo menos dez meses e a única motivação do autor foi a busca de fama.

Os relatórios dos dados e das informações obtidas pela quebra do sigilo dos aparelhos eletrônicos demonstram que, durante o período em que planejou o ataque, o homem participou de fóruns de discussão na internet sobre crimes violentos, pesquisou serial killers e tentou comprar armas de fogo.

Segundo Dellazari, o autor do ataque à creche pesquisou sobre a volta às aulas presenciais no município de Saudades e sobre a creche Aquarela, procurando o alvo mais fácil para executar o seu plano, pois ele não conseguiu comprar armas de fogo, apenas facas. Para os Promotores, isso comprova que ele agiu de forma cruel e covarde além de ter premeditado o crime de maneira a reduzir as chances de defesa das vítimas. As investigações apuraram que ele pesquisou, também sobre chacinas cometidas em escolas com o uso de facas e outras armas brancas.

O Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Alexandre Estefani, afirmou que o Ministério Público atuará no processo de maneira a perseguir uma punição exemplar ao autor dos crimes, pois nada pode justificar um ato tão vil, cruel e covarde contra pessoas indefesas e crianças tão pequenas, com menos de dois anos de idade.

 

 

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