As universidades comunitárias da região Sul do país ganharam, nesta sexta-feira (29), mais um simpatizante e defensor de suas causas. Isso porque o Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) Marcos Pontes, visitou a região e, em encontro na Unesc, conheceu de perto a realidade, as reivindicações e o potencial das instituições. Pontes palestrou no Auditório Ruy Hulse lotado em uma estrutura ampliada especialmente para acomodar toda a comunidade interna e externa para ouvi-lo tratar sobre as “Perspectivas da Ciência e Tecnologia Brasileira no Brasil atual”. O evento marcou ainda a Aula Inaugural dos programas de Pós-graduação da Unesc.
Recepcionado na Unesc no fim da tarde, o ministro e primeiro astronauta brasileiro, participou de encontro com os reitores do Sistema Acafe (Associação Catarinense das Fundações Educacionais) e representantes do Comung (Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas), sendo apresentado a realidade das instituições. Ao avaliar o encontro após ter ouvido reivindicações sobre assuntos como Marco Regulatório, investimento em pesquisa e Artigo 170, Pontes afirmou que a conversa foi extremamente produtiva para conhecer o Sistema, suas necessidades e possibilidades. “Ouvi tudo atentamente e posso afirmar que quero aprender mais sobre seus pleitos, mesmo que muitos não sejam de responsabilidade do meu ministério, para que possa ajudar a empurrar e, em contato com outros ministérios, conquistar avanços. Sou sempre defensor da educação e sei que é ela que transforma o que já existe e prepara para um futuro melhor”, destacou.
A passagem pela região, conforme Marcos, serviu para levar modelos de ações do Sul para todo o país e para reforçar sua missão à frente do Ministério. “Coloquei como missão a produção de conhecimento, a produção de riqueza através da ciência e, com isso, a contribuição com a qualidade de vida dos brasileiros. Procuramos encontrar formas de ajudar as pessoas, especialmente aquelas que mais precisam, por meio da ciência e da tecnologia. Isso é valioso”, completou.
Necessidades apontadas
Entre a bagagem que Marcos Pontes leva de Criciúma está três principais pedidos em nome da Unesc. As prioridades apontadas, além do apoio geral relacionado as universidades comunitárias, estão o apoio com recursos para a viabilização do Laboratório de Práticas Colaborativas e Inovação, apoio para a criação do Observatório de Desenvolvimento Econômico e o apoio para a concretização do Centro de Inovação.
A impressão da visita de Pontes na Unesc, do ponto de vista da reitora Luciane Bisognin Ceretta, é de que as universidades comunitárias de fato ganham um aliado. “Acredito que ele tenha entendido a identidade do modelo aplicado por aqui e se torne um defensor das nossas causas em Brasília. Nós mostramos um pouco do potencial que temos e que, de fato, precisa ser reconhecido”, pontuou.
A palestra e as palavras deixadas pelo ministro, de acordo com Luciane, servem como mais um combustível para o trabalho rumo aos avanços. “A sua presença nos honrou muito e motivou na nossa intensa trajetória de produzir conhecimento, promover inovação e, com isso, contribuir com o desenvolvimento da nossa cidade, da região e de todo o país”, completou.
O palco de honra do evento foi composto pelas autoridades deputados federais Geovânia de Sá, Daniel Freitas, Ricardo Guidi; deputados estaduais Rodrigo Minotto e Jessé Lopes; Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável e Turismo, Lucas Esmeraldino; presidente do Conselho Curador da Unesc e vice-presidente da Acic, Moacir Dagostim; presidente da Acafe, Günther Lother Pertschy; presidente do Comung, Carmem Lucia de Lima Helfer, vice-presidente da APG (Associação dos pós-graduandos, Matheus Scarpato Rodrigues; do secretário executivo da SC Parcerias, Marco Sabino; e do presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Alexandre Bristot Rocha.
Exemplo e motivação
Marcos Pontes mesclou em sua palestra informações sobre sua trajetória de vida e suas perspectivas para o Ministério e para o país. O palestrante emocionou a todos os presentes ao destacar sua história ligada à educação desde a infância e a importância do apoio de sua família ao sonho de ser astronauta. “Em meio aos percalços e até ouvindo pessoas dizendo que eu não alcançaria o que sonhava, minha mãe me disse algo que nunca esqueci. Ela falou: ‘Você pode ser e fazer o que quiser na vida, desde que estude, trabalhe, persista e sempre faça mais do que esperam de você!’. Isso me marcou e fez a diferença e posso dizer que se vocês também seguirem também irão cumprir sua missão. Impossível é só uma palavra”, destacou.
Crente de que o país passará por uma mudança positiva se todos unirem suas forças, Pontes deixou o convite para que se juntem a ele neste objetivo. “Nós não podemos olhar para o Brasil e não acreditar em uma mudança positiva. Depende de cada um de nós. Acho que está dentro da educação a solução de tudo. Essa é hora de nos juntarmos, de criarmos laços e é pelo Brasil que aceitei e faço esse trabalho”, comentou.