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Médico do São José alerta sobre os perigos da dengue

Infectologista, Raphael Elias Farias, considera que estamos em um momento de alerta contra a doença

Somente neste ano, Santa Catarina já registrou 47 mortes causadas por dengue, segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive). Além disso, o Estado possui mais de 32.206 mil casos confirmados da doença.

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O médico infectologista e diretor técnico do Hospital São José de Criciúma, Raphael Elias Farias, considera que estamos em um momento de alerta. “Nunca tivemos tantos focos do mosquito em nossa região. Há vários anos, a dengue nunca havia chegado aqui desta forma. Mas agora é o momento de intensificar as ações, para retirar toda possibilidade de transmissão. Diferente do coronavírus que a transmissão pode ser gerada por exemplo, pelas gotículas de saliva, em uma conversa agora temos a transmissão pelo mosquito de uma pessoa infectada para outra”, pondera.

Para evitar o contágio pelo mosquito, o infectologista orienta para evitar o acúmulo de água parada em nossas casas, e lembrar as outras pessoas também sobre esse cuidado. “Para que possamos diminuir o foco do mosquito e assim a transmissibilidade da doença”, considera.

Infectologista e diretor técnico do HSJosé, Raphael Elias Farias

 

Acompanhe a entrevista:

O que é a dengue

Raphael Elias Farias – É uma doença viral, transmitida por um arbovírus, com quatro subtipos, 1,2,3,4, que se manifesta após a picada de um mosquito fêmea Aedes Aegypti. Tendo o vírus neste mosquito começa a desenvolver sinais e sintomas.  Criciúma e região possuem focos do mosquito, bem como o Oeste e Norte que já possuem casos de transmissão autócrata, que são mosquitos com o vírus. E em nossa região, casos importados de pessoas vindo para cá com dengue. Com o vírus presente, o mosquito é o vetor para essa transmissão, e as pessoas suscetíveis; quem nunca tive dengue acaba tornando a região um ambiente propício para a transmissibilidade. Neste contexto, temos uma doença que está chegando e desta forma precisamos ter os cuidados para que não avance, não prolifere; pra que tenhamos controle e não acontecer uma pandemia.

Sintomas da dengue

Raphael Elias Farias – Em geral, um quadro gripal, com sinais e sintomas como febre, dor de cabeça, no corpo, atrás do olho, nas articulações, podendo evoluir para um quadro grave de sangramento descompensando outros órgãos. Em alguns casos existe a necessidade de internação até mesmo em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A dengue, na grande maioria dos casos, o paciente evolui para melhora sozinho.

Como agir na suspeita de dengue

Raphael Elias Farias – A importância das pessoas com suspeita em procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico e acompanhamento. Inicialmente até pode parecer alto limitada, mas ao longo dos dias, pode ter complicações. O monitoramento do paciente é importante. Ao primeiro sinal de alerta, o paciente deve ser internado ou usar uma medicação mais intensa para que haja uma melhora destes sinais e sintomas.

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