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Médica esclarece dúvidas sobre o diagnóstico dos miomas

Segundo dra. Margarete Bristot, os miomas são tumores benignos mais comuns nas mulheres durante a fase reprodutiva

Cuidar a saúde da mulher e não deixar de lado a realização dos exames de rotina são fundamentais para garantir a prevenção e tratamento precoce das doenças. Um dos problemas que, se diagnosticado de forma precoce, facilita o tratamento e traz de volta a qualidade de vida da mulher é o mioma.

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“Miomas são os tumores benignos ginecológicos mais comuns nas mulheres durante sua vida reprodutiva. O surgimento do mioma não tem uma causa específica, há diversos fatores envolvidos como exposição alta e prolongada a estrógenos e progestagênios, menarca precoce associado a diabetes, hipertensão, sobrepeso, hereditariedade, hipovitaminose D, entre outros fatores”, explica a responsável pelo setor de obstetrícia do Hospital São José de Criciúma, dra. Margarete Bristot.

A palavra mioma tem origem grega (myo-musculo e oma-tumor). De acordo com a especialista, uma grande parte das pacientes portadoras de miomas são assintomáticas e o diagnóstico é feito quando se realiza ultrassonografia pélvica. “Porém, quando os casos são sintomáticos, levam a sangramento de grande volume e intenso, associado a fortes dores, que levam com o tempo a anemia crônica, fadiga, diminuição da qualidade de vida, além de provocar a falta ao trabalho gerando impacto na economia e na saúde pública”, aponta dra. Margarete.

Segundo a especialista, os miomas incidem na idade reprodutiva e aumentam sua incidência acima dos 40 anos com maior atividade sintomática na perimenopausa (período de transição para a menopausa).

“Os miomas também podem atingir grandes tamanhos levando a compressão dos órgãos próximos (bexiga e reto) gerando sintomas nestas áreas, como incontinência urinária, alteração do ritmo intestinal. O sangramento pode levar inclusive a necessidade de transfusão sanguínea. Em mulheres jovens pode afetar a fertilidade com dificuldades para engravidar e aumento das taxas de abortamento”, explica a médica.

Exames anuais são fundamentais para o diagnóstico

De acordo com dra. Margarete, ainda não há como prevenir o aparecimento dos miomas, já que os estudos ainda são inconclusivos. O exame ginecológico anual ajuda a diagnosticar e levar ao acompanhamento e cuidados sintomáticos para a paciente.

“Quando sintomáticos necessitam de tratamento, principalmente quando a mulher ainda quer gestar, tentamos ao máximo preservar o útero por meio de tratamento medicamentoso, DIU hormonal, entre outros. Ainda não possuímos uma medicação que podemos usar por tempo prolongado ou que seja curativa, apesar dos estudos e busca de medicação curativa serem uma meta”, aponta. “Ainda é possível realizar procedimentos como a embolização das artérias uterinas, miomectomias, ablação por meio de cirurgia guiada por ultrassom, porém o tratamento padrão curativo ainda é a histerectomia, ou seja, a retirada do útero. É o que leva a remissão dos sintomas e da recorrência, levando a melhora da qualidade de vida da mulher” complementa a médica.

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