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Mais Médicos em SC: número de profissionais cresce 206% em 18 meses

Dos 828 médicos atuando no estado por meio do programa, 687 são brasileiros

O número de profissionais do Mais Médicos (PMM) em atividade em Santa Catarina aumentou 206,67% nos últimos 18 meses. O quadro desses profissionais, que era de 270, passou para 828 (558 a mais) em solo catarinense. Esse é o maior aumento percentual entre todos os estados do país. A capital, Florianópolis, saiu de nove para 37 profissionais, uma ampliação de 311%. Os dados foram registrados entre janeiro de 2023 e junho de 2024.

Do total de médicos e médicas ativos em Santa Catarina pelo programa, 687 são brasileiros. Na divisão por gênero, existem 487 mulheres (58,8% do total). Na divisão por faixa etária, são 182 entre 25 e 29 anos, 200 entre 30 e 34 e 198 entre 35 e 39 anos, as três faixas mais predominantes.

No recorte por raça / cor, há 570 que se identificam como brancos (68,8%), 189 pretos / pardos (22,9%), 62 amarelos e cinco indígenas, além de cinco referências sem registro de identificação.

Quanto ao tipo de equipe onde estão alocados os profissionais do Mais Médicos em Santa Catarina, 806 integram equipes de Saúde da Família e 22 são voltados para ações de saúde indígena. Do total de profissionais, 49 atuam em municípios com médio ou alto índice de vulnerabilidade social.

Nacional

No mesmo período, o número de profissionais do PMM aumentou em 93,83% em todo o país. Atualmente, 24.894 médicos e médicas atendem em todo o Brasil, um aumento de 12.051 profissionais em comparação com dezembro de 2022, quando 12.843 profissionais estavam na ativa. Desde 2023, com a recomposição, o Governo Federal quase dobrou a quantidade de profissionais e implementou melhorias no modelo.

No início de julho, o Ministério da Saúde anunciou um novo edital para a contratação de 3,1 mil profissionais. A seleção traz, de forma inédita, vagas no regime de cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.

“O Mais Médicos é uma realidade e faz a diferença. Quando assumimos o governo, havia ainda 12 mil médicos. Com esse edital, nós retomamos a meta dos 28 mil médicos. Pela primeira vez o edital é feito seguindo a política de cotas aprovada em lei que é prioridade do Governo Federal. Cumprimos, assim, a nossa visão de inclusão”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

O Mais Médicos integra um conjunto de ações e iniciativas para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). É neste atendimento que 80% dos problemas de saúde são resolvidos.

O programa existe para enfrentar também desigualdades regionais. Leva médicos a regiões onde há escassez ou ausência de profissionais e investe na qualificação e formação, no intuito de resolver a questão emergencial do atendimento básico, mas também criando condições para continuar a garantir um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam cotidianamente o SUS.

Foto: Divulgação/Governo Federal

 

Regiões

Quando considerados os números absolutos de médicos e médicas do programa, o Nordeste é a região com maior número de vagas ocupadas (8.362), seguido do Sudeste (7.435). Por estado, os três com maior número de profissionais são São Paulo (3.288), Minas Gerais (2.219) e Bahia (2.127).

Também são destaques os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Há distritos, como o Yanomami, em Boa Vista (RR), que em dezembro de 2022 contava com oito profissionais do Mais Médicos. Em junho de 2024 são 36 ativos (crescimento de 350%). No Mato Grosso do Sul, o DSEI saltou de oito (em dez/22) para 39 profissionais ativos em junho de 2024 (crescimento de 387,5%).

Profissionais

Do total de médicos e médicas ativos, 22.965 são brasileiros (92,25%), 53,45% são mulheres; quase 12 mil profissionais têm entre 30 e 39 anos. Há 88 vagas do programa ocupadas por indígenas, enquanto 36,54% são pretos ou pardos e 53,98% são brancos. Quanto ao tipo de equipe onde estão alocados os profissionais do Mais Médicos, 24.243 integram equipes de Saúde da Família (eSF) e 14.942 estão em regiões de médio, alto ou muito alto Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS).

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