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Mais de 600 pessoas aguardam por um doador compatível de medula óssea

Chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de 1 em 100 mil

Atualmente, 650 pessoas no Brasil estão no aguardo por um doador de medula óssea compatível fora da família, conforme o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). O número de espera é alto, a procura por doações são baixas e apenas 25% conseguem o chamado doador ideal, alguém da própria família.

A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de 1 em 100 mil. Por isso, é muito importante um número elevado de voluntários cadastrados para aumentar a possibilidade de se encontrar um doador compatível.

O Hemosc de Criciúma busca voluntários para aumentar o banco de doadores e ajuda mais pessoas. “A doação de medula óssea pode ser uma solução para curar. Buscamos mais voluntários para que as possibilidades de ajudar alguém aumente”, afirma o coordenador da Divisão Técnica do Hemosc de Criciúma, Rafael Luiz da Silva.

Para se tornar um doador de medula óssea basta procurar um Hemosc e fazer a coleta da amostra sanguínea. Uma pequena quantidade de sangue (5 ml) será colhida de uma das veias, passa por um processo de classificação, para verificar para quem pode doar. Esses dados ficam armazenados no Hemosc a serem aguardados por um doador.

Primeira doação de sangue e medula óssea

A supervisora administrativa Samara de Oliveira, de 28 anos, esteve no Hemosc de Criciúma para fazer a primeira doação de sangue voluntária. A ida dela até o hemocentro foi motivada através de uma campanha promovida pela empresa que trabalha, em que mais 15 pessoas realizaram doação.

Quando Samara foi preencher a ficha de doação, teve o interesse em se tornar também uma doadora de medula óssea. “Quando a atendente do Hemosc me perguntou se eu gostaria de doar medula, eu pensei: Por que não? Então decidi me tornar uma voluntária e ajudar outras pessoas”, ressaltou a supervisora.

Doadora Samara de Oliveira, de 28 anos – Foto: Caroline Sartori/Portal Litoral Sul

O que é a doação de medula óssea 

É a substituição de uma medula doente por uma sadia com a finalidade de recuperar sua função. Os portadores de leucemias são os doentes que mais se beneficiam dos transplantes de medula. Hoje em dia, este procedimento é a única esperança de cura para milhares de pessoas com a doença.

Quem pode doar medula óssea 

  • Ter idade entre 18 e 35 anos;
  • Estar saudável;
  • Não ter doenças impeditivas, que podem ser conferidas no site.

Como é feito a doação de medula óssea

Uma pequena quantidade de sangue (5 ml) será colhida do voluntário. Esse sangue será tipado no sistema antígeno leucocitário humano HLA. A classificação da medula será registrada no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome).

No caso de um transplante, será verificada a compatibilidade entre a medula do doador voluntário e a do paciente necessitado. Se for compatível, outros exames serão necessários. Por isso, é importante que os dados como endereço, telefones e outras informações estejam sempre atualizados.

A doação é realizada em um hospital. Existem duas formas de doar. A escolha do procedimento mais adequado é do médico.

A primeira forma o doador é anestesiado em centro cirúrgico. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções com agulhas. Os doadores retornam às suas atividades habituais uma semana após a doação.

A segunda opção o doador toma um medicamento que faz com que as células da medula óssea sejam levadas para a corrente sanguínea. Estas células são retiradas pelas veias do braço do doador, com uso da máquina de aférese.

Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação.

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