Notícias de Criciúma e Região

Mais de 67% dos jovens no Sul catarinense vão votar em 2022

Portal Litoral Sul realizou uma pesquisa por amostragem, conversando com mais de 80 pessoas entre 16 e 17 anos sobre as eleições - nesta idade o voto ainda é facultativo

O jovem do Sul Catarinense quer ter sua voz ouvida por meio do voto. Há menos de seis meses das eleições, 67.5% dos eleitores entre 16 e 17, ainda em período facultativo, têm a intenção de ir às urnas escolher o futuro da sua e de outras gerações. O compromisso de escolher o presidente e demais cargos de liderança política para o Brasil em 2022 está agendado para o dia 2 de outubro, em primeiro turno, e 30 de outubro, no segundo turno onde houver.

Entre em nosso grupo e receba as notícias no seu celular. Clique aqui.

Aos 61 anos, Leila Claudia Vanderlinden vê com bons olhos o engajamento dos jovens. Com a autoridade de quem muito viveu e viu do Brasil, ela acredita que é fundamental as novas gerações irem às urnas. “O Jovem tem que participar. É dele que nosso futuro depende”, enfatizou.

Emissão de títulos cresceu 151% nos últimos meses

O Portal Litoral Sul conversou com 80 jovens pelo Sul de Santa Catarina e o resultado mostrou um aumento do interesse em votar. Pelos dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), também é possível perceber que é uma tendência no estado. Em 2018, 10% dos jovens entre 16 e 17 anos fizeram o título de eleitor em Santa Catarina. Para 2022, o número cresceu 151% entre os últimos meses de 2021 e março de 2022.

A Letícia Alves Teixeira, de 17 anos, acredita que por ser jovem tem o dever de votar. Para ela, é a maneira correta de lutar por mudanças. “A geração de hoje quer ser ouvida e vista. O voto é importante, ele muda sim”, destacou.

Resultado da pesquisa feita na região:

Desconfiança e falta de conhecimento é o que afasta jovens que não vão votar

Apesar da crescente, ainda há contraste: 190 mil eleitores já fizeram o título. Mas eles representam apenas 21.5% dos jovens desta faixa etária. Os motivos de quem não quer participar das eleições em 2022 são muitos. A Vitória Silveira Lino, aos 16 anos, não se sente pronta. “Esse ano não. Acredito que para votar temos que ter uma cabeça bem decidida do que queremos, nos princípios que buscamos. Então para escolher é preciso estar por dentro de tudo que está acontecendo, e não só por meio da política”, explicou.

Reginaldo Lopes Vieira, de 20 anos, não vai votar, apesar de já estar em período obrigatório. Ele até gostaria, mas não consegue acreditar em nenhuma das opções disponíveis para liderar o país. “Nos últimos anos acabaram tendo alguns votos, e nenhuma das pessoas foram competentes para fazer o Brasil ficar melhor”, frisou.

Cenário nacional

A Justiça Eleitoral tem exercido campanhas para incentivar o voto dos jovens. No dia 21 de março, o número de eleitores era de 854.685. Agora, no início de abril, são 1 milhão e 50 mil – de um total de 6 milhões. O aumento de 26% em menos de um mês se deve a ações pontuais e a campanha Semana do Jovem Eleitor de 2022, que teve o apoio de artistas, de influenciadores digitais, de instituições públicas e privadas e da mídia.

Em 2018, 1 milhão e 500 mil jovens estavam aptos nas eleições. Apesar de este ano ter menos inscritos, ainda falta um mês para o prazo se encerrar.

O foco das ações tem sido nas redes sociais. No dia 16 de março, o”tuitaço” organizado pelo perfil no Twitter do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atingiu mais de 88 milhões de pessoas num único dia.

Você também pode gostar