A vida está se tornando uma disputa de seguidores e likes, você vive e posta ou você posta e vive? O filho está doente, posta. Foi promovido no trabalho, posta. Terminou o relacionamento, posta. Foi para a academia, posta. E, até aqui, não há tanto problema a não ser a paciência dos expectadores em ler e saber de tudo da vida alheia. A preocupação está na dependência que as pessoas criaram com as redes sociais, postam e ficam coladas aguardando para ver quem vai curtir, quantos vão curtir…você já fez isso? Confesse…eu confesso!
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No mundo corporativo ou na carreira, quando olhamos um profissional ou uma empresa, olhamos quantas pessoas seguem e aí vem: “Ah, o cara nem é tão bom assim, só tem 5 mil seguidores”, fato? Sim! Estamos medindo a qualidade dos profissionais pela quantidade de pessoas que o seguem ou que curte suas publicações. Cuidado! Há controvérsias. Conheço profissionais incríveis, criadores de metodologias, doutores, profundo conhecedores de assuntos diversos, mas, que por opção, não querem se expor em redes sociais. Isso faz deles menores ou desqualificados? A resposta é não. Não podemos julgar as pessoas pelo simples fato de não estarem adeptas à exposição virtual, isso também é uma escolha. A disputa pelos seguidores tem provocados de fato dores, perda de identidade e um efeito manada assustador. Vejo pessoas sorteando celulares, fazendo dancinhas bizarras, se expondo de todas as formas, qual a real intenção? Serem aceitos, serem bem vistos, notáveis, influenciando quem e para quê? (será que se questionam em algum momento?)
A reflexão aqui é a seguinte: cuidado ao julgar um profissional ou uma pessoa pela forma de exposição nas mídias. Especialmente porque há inúmeras formas (truques) de se tornar referência em assuntos nas mídias sociais e isso envolve tempo e dinheiro, ou seja, nem sempre o que aparece mais é o melhor, é só alguém que dispendeu tempo e dinheiro para estes veículos de comunicação. Precisamos ser mais críticos com o que vemos e ouvimos nas redes.
Olhe para você, sua carreira, sua história, você tem quantos seguidores? Isso faz de você um profissional melhor ou pior que outro que tenha mais seguidores? Provável que a resposta tenha sido não, já que o assunto era você, certo?! Então use esse mesmo parâmetro para os demais profissionais. As mídias estão cheias de “referências”, que muitas vezes apresentam teorias sem fundamento e pasmem, influenciam pessoas pelo fato de terem x mil seguidores. Pensamos: “esse aqui deve ser bom, tem não sei quantos mil seguidores”. Atente-se, estamos cheios de empreendedores de palco que se aproveitam da carência humana, não caia nessa! E, não estou fazendo apologia ao não uso das redes, eu mesma uso e adoro, estou trazendo à tona a reflexão do julgamento que fazemos sobre a qualidade de profissionais pelo número de seguidores e likes, apenas isso. A partir de hoje, não se ligue nas curtidas e nem no número de seguidores, isso é só consequência, o que importa de fato é se o que é postado, é coerente com o que realmente se faz. Se tem solidez no que se fala, se possui evidências.
Que possamos curtir o que quisermos com criticidade, os meus likes vão para pessoas que lutam, estudam, fazem a diferença através de exemplos positivos de ações corretas, baseadas em caráter e consistência de conhecimento. E aí, quantos likes você vale? Para ser sincera, você vale muita mais que seus seguidores e likes.