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Letícia Zanini – Competir é ruim?

Competir é ruim? Não! A forma como alguns competem, sim. Nascemos competindo, se eu e você estamos aqui, somos a prova disso. Esse papo de competir ser nocivo e apenas colaborar é bacana me parece mais uma daquelas frases prontas que postamos sem fazer análises mais profundas. Convido você para refletir comigo, não significa que você precisa concordar.

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Imaginem os seguintes cenários:

Há apenas uma vaga de emprego naquela empresa que você deseja trabalhar, você está concorrendo e eu também, e aí, quer para você ou para mim?

Há apenas uma vaga no estacionamento coberto e chove de forma intensa, você quer estacionar o seu carro e eu também, vai ceder para mim?

Você é um atleta e está em uma partida, você quer ganhar ou vai facilitar para que o time opositor vença?

Perceba que temos uma tendência natural em querer as coisas para cada um de nós e não há nada de errado com isso.

O erro é você não querer que o outro tenha também.

Não é errado competir, mas sim, a forma como alguns competem.

A vida é um convite diário para você competir e começamos a fazê-la de forma interna, você tem pensamentos e emoções que competem entre si, dentro de você.

Disputar faz parte da nossa história, da nossa condição humana. Disputar de forma desleal é o problema. Eu já tive experiências positivas e negativas. Já disputei com profissionais incríveis, projetos, vagas e oportunidades e ao disputarmos, de forma leal, aprendi o que eu precisava aprender para ter êxito nas próximas oportunidades.

A competição pode caminhar com a colaboração. Uma ação não necessariamente anula a outra (leiam sobre cooperação dialógica).

Esses dias li um post “lindo” que dizia o seguinte: “Não queira competir comigo. Eu quero que você ganhe também”.  É algo de fato verdadeiro? Na minha opinião, a frase é linda, porém não necessariamente o que acontece na vida real.

Já disputei e disputo com pessoas desleais, pessoas que usam de estratégias eticamente duvidosas, pessoas que enganam, pessoas que vulgarizam mercados e com estas aprendi duas coisas: cada um dá o que tem e, o pior exemplo também ensina o que de fato nunca será uma escolha minha.

Um dos meus papeis como mentora de líderes e organizações é desmistificar questões como estas em culturas e no comportamento dos líderes. Aumentar consciência é o primeiro passo para a mudança.

Então reforço: o problema é competir ou a forma como competimos?

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