O juiz Fernando Vieira Luiz, da 2ª Vara Criminal de Florianópolis, aceitou a recomendação do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e determinou o arquivamento do processo que apurava a delação premiada de um executivo da JBS contra o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) e o ex-secretário da Fazenda C.
O parecer da promotora Rosemary Machado Silva tem 14 páginas e conclui que a narrativa do delator Ricardo Saud não sobrevive à contextualização dos fatos.
“Sempre acreditei na Justiça e tinha absoluta certeza de que esse seria o resultado. Por uma questão de consciência, porque não havia cometido nenhum crime ou ilegalidade”, disse Colombo.
O ex-governador, entretanto, afirma que o processo causou prejuízos à sua imagem. “É como se você jogasse um saco de penas de cima de uma torre. Nunca mais conseguiria juntar todas elas”, comentou Colombo, ao finalizar: “esse momento repõe a verdade e me sinto seguro de que vale a pena acreditar na Justiça”.
Relembre o caso
Em acordo de delação premiada realizada em 5 de maio de 2017, o diretor da JBS Ricardo Saud afirmou à Procuradoria-Geral da República que Colombo e Gavazzoni teriam recebido R$ 10 milhões em propina da empresa em troca de realizar licitação para venda da Casan (Companhia de Águas de Santa Catarina). Deste total, R$ 8 milhões teriam ido para o diretório do PSD para a campanha do ex-governador, segundo Saud.
Por Redação Notícias Do Dia