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Júri condena mulher a quase 11 anos de prisão por enterrar bebê em Braço do Norte

Caso foi descoberto após a mulher dar entrada no hospital com sangramento, em agosto de 2020

Uma mulher foi condenada a 10 anos, 10 meses e 20 dias de prisão, em regime fechado, pela prática dos crimes de homicídio e de ocultação de cadáver. Ela era acusada de ter enterrado o filho recém-nascido no quintal de casa, em agosto de 2020, na cidade de Braço do Norte. A sentença foi proferida na noite dessa quarta-feira, dia 09, após a acusada passar pelo tribunal do júri.

Apesar de a mulher não ter registros de antecedentes criminais, a sentença considerou as agravantes de o crime ter sido praticado contra descendente e contra criança.

Relembre o caso

Segundo publicado pelo Portal ND+ na época, a mulher deu entrada no Hospital Santa Terezinha no dia 30 de agosto de 2020, com sangramentos. A equipe médica, então, constatou que a mulher tinha dado à luz recentemente. Uma enfermeira, que atendeu a mulher no dia 20 de agosto, relatou que ela havia realizado um procedimento de ultrassom, que constatou que a gestação era de mais de 30 semanas.

No hospital, a mulher afirmou à PM que, na quinta-feira, dia 27, teve dores e sangramentos, e que pedaços do feto haviam saído. Então, ela jogou os pedaços no lixo e, no dia seguinte, o caminhão da coleta levou embora.

No entanto, a PM não acreditou na versão da mulher e foi até a casa onde ela mora. Chegando ao local, um vizinho relatou aos policiais que, naquela quinta-feira, a mulher pediu uma enxada emprestada, dizendo que faria um canteiro de flores no fundo do lote. A mulher também pediu ao vizinho para ir à farmácia para comprar um absorvente.

Quando o homem retornou, o canteiro já estava pronto. Os policiais, então, cavaram no local onde foi construído o canteiro e, em seguida, encontraram o corpo do bebê em uma sacola plástica.

Uma vizinha também relatou à PM que, ainda na quinta-feira, ouviu o choro de um bebê vindo da direção do banheiro da casa da mulher, por volta das 15h.

O Conselho Tutelar, IGP (Instituto Geral de Perícias) e Polícia Civil também foram ao local. Conforme a PM, a mulher foi hospitalizada para realizar uma transfusão de sangue.

 

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