O candidato à presidência do Brasil pelo partido Novo, João Amoêdo, passou a sexta-feira em Santa Catarina. Depois de um almoço por adesão para arrecadar recursos para a campanha em Florianópolis, seguiu para Criciúma, onde realizou agenda com a participação de cerca de mil pessoas. Enquanto isso, Bernardinho, ex-técnico das seleções de vôlei do Brasil, apoiador de primeira hora de Amoêdo, estava em Joinville para encontro com outras 700 pessoas. Neste sábado, o candidato a presidente estará de novo na Capital, para uma caminhada pelo Centro da cidade.
Amoêdo, egresso do mercado financeiro, é engenheiro e administrador de empresas. Ao se apresentar aos participantes do almoço, disse que entrou para a lida político-partidária por não aguentar a falta de opções confiáveis ou “votar no menos ruim”. Ele reforçou o que vem falando por onde passa, uma crítica à máquina pública, “feita para privilegiar os políticos e perpetuar quem está lá, e não para atender o cidadão”.
Apesar dos índices ainda baixos nas pesquisas, ele se mostra otimista. Segundo Amoêdo, os eleitores estão entendendo os diferenciais do Novo: não se coligou com qualquer outro partido e não usa recursos públicos para a campanha. Ele destacou: “Nos últimos 30 anos, o Novo é o único partido fundado sem origem em religião, em sindicato ou da cisão de outra sigla”.
Ainda na linha da crítica, o candidato do Novo afirmou que o Estado brasileiro tem muito poder, manda muito na vida dos cidadãos, tira muito dinheiro para dentro da máquina e devolve muito pouco para a sociedade. “E quem está lá quer que isso se perpetue. A população quer renovação e os vários analistas políticos dizem que a renovação no Congresso vai ser muito baixa. O sistema é feito de uma forma tal que não oportuniza a mudança que nós queremos e que a população precisa.”
Novo em SC
Em Santa Catarina, o Novo não entrou em nenhuma coligação e lançou somente deputados federais, num total de 16. João Amoêdo disse estar muito animado com os votos que poderá receber por aqui, exatamente pela configuração do estado, o segundo mais empreendedor do Brasil. “Tem muito a ver com o que o Novo prega, que é a liberdade econômica. O Estado brasileiro atuar nas áreas essenciais – saúde, segurança e educação – e deixar de atrapalhar com tanta burocracia, com tantos impostos e com tanta insegurança jurídica para quem quer investir.”
Ao afirmar que, se eleito, levará para o governo federal exemplos daqui, o candidato enalteceu o fato de Santa Catarina ser o estado com o menor nível de desigualdade do Brasil e com o menor índice de pobreza, “basicamente porque as pessoas assumiram o protagonismo das suas vidas, foram atrás de oportunidades, e é isso que a gente quer disseminas no país todo”.
Amoêdo acredita que o Estado brasileiro interfere em áreas em que não deveria, como ser gestor de empresas. E faz uma gestão muito ruim em setores importantes, como saneamento e escolas de ensino básico e fundamental, além da primeira infância, onde as habilidades das crianças são desenvolvidas. “Mais recursos e melhor gestão na capacitação das pessoas dará espaço para um grande crescimento do país, para acabar com as desigualdades e a pobreza.”
Ao falar sobre os recursos do pré-sal, que no governo Dilma Rousseff foram destinados para financiar a educação, por exemplo, o candidato do Novo fez uma comparação. “Nenhum país que tem grandes recursos naturais conseguiu resolver todos os problemas. Nós temos a Venezuela aqui do lado, país rico em petróleo e mesmo assim desandou. A salvação vem sempre das pessoas, das ideias corretas, da boa gestão, da boa educação e do ambiente de livre mercado.”