No meu trabalho tenho uma grande oportunidade de viver experiências diferentes, diferenciadas, únicas e de muito aprendizado, já que em sua maioria, lido com pessoas de diferentes cidades e culturas, o que possibilita ampliar a minha visão sobre o comportamento humano. Em uma das minhas últimas experiências, eu fiz um convite em uma das atividades propondo aos participantes que fizessem um elogiou ou reconhecimento de talentos para outros colegas. E então, uma evidência: temos uma dificuldade em fazer isso de forma natural e espontânea. E isso com certeza não é só uma realidade do grupo de trabalho, acontece comigo e com você também. A questão é, por que?
Existe um processo cultural e educacional que nos convida a olhar muito mais para o que falta do que aquilo que temos abundantemente, nossas potencialidades, talentos e pontos fortes. E ao virarmos caçadores de defeitos, paramos de cultivar o que faz com que cada ser humano floresça e viva, de fato, sua melhor versão. Com isso, nos tornamos excessivamente críticos, distantes e exímios juízes dos comportamentos alheios. Fomos treinados para desenvolver o quê não temos, o que não somos bons e assim, nos tornamos uma versão fragilizada da gente mesmo. Por que fragilizada? Porque perdemos autenticidade, originalidade e, consequentemente, menos realizadores e mais críticos com a gente e com os outros. Em alguns casos, a não verbalização de não reconhecer o que há de bom no outro é simplesmente pelo fato do seu ego não permitir que você é vulnerável e imperfeito, mas não esqueça, muito talentoso também.
A mudança de cenário começa pela mudança de pensamento, o que acarretará na de ação. Como seria se você olhasse para as pessoas ao seu redor e expressasse para elas o quanto e porque as admira, gratuitamente, sem datas ou feitos especiais, simplesmente para exercer a sua generosidade e treinar sua visão de forma diferente para e com todos os que o cercam. Quando foi a última vez que você reconheceu um ponto positivo em alguém do seu time, família, amigos? A mudança começa exatamente por aquele comportamento que você gostaria que alguém fizesse com você, mas que você não faz pelo outro. E aí, já elogiou alguém hoje? Pense nisso!